Quando saímos de St. Goar, o "nosso guia e motorista particular" nos infomou que em Frankurt nos encontraríamos com o restante dos turistas, brasileiros, inclusive, para o restante da viagem, em ônibus, ou seja, a nossa mordomia de viajar de carro havia terminado. Claro que não gostamos e ele, bem humorado, disse que nós ficamos "mal acostumadas". Estávamos exatamente na metade do roteiro da viagem.
Chegamos à tarde em Frankfurt. Encontramos nossos desconhedidos compaheiros de viagem, dalí prá frente.
Estava muito cansada, mas tomamos um taxi e fomos para o centro da cidade, em uma praça, com algumas recomendações e dicas do guia a respeito do que encontraríamos lá.
Confesso que quando cheguei em Frankfurt me assustei... prédios altos e modernos, bem diferentes do que havia visto, até então, na Alemanha. Esta metrópolis se justifica por ser Frankfurt o maior centro financeiro da Europa Continental; a maior área para as dezenas de feiras e exposições importantes que se realizam anualmente; sede de centenas de grandes bancos, bolsa de valores, etc .
Passado aquele primeiro impacto, diga-se de passagem, ruim para meu espírito amante de paisagens bucólicas, respirei fundo e fui "enfrentar" Frankfurt.
Chegamos a praça chamada Römerberg (ou Praça Römer). Ela é circulada por um conjunto de casas históricas do século XV a XVIII, belíssima praça. Ficamos procurando a Câmara Municipal, seguindo a descrição que o guia havia nos falado (afinal, estava sem a minha preciosa caderneta com as anotações). Achamos. São tres casas bem juntinhas, tendo a fachada superior em "escadinhas" . Este complexo da Câmara Municipal chama-se Römer, mas a Câmara mesmo é a casa que fica ao centro.
Frankfurt também não escapou aos bombardeios da Segunda Guerra. Esta praça foi bastante atingida e teve de ser reconstruida, mas a beleza dela ficou presevada. A única construção desta praça que "sobreviveu" às bombas foi a igreja Alte Nikolaikirche (em estilo gótico), ou igreja de São Nicolau. Uma igreja - destruida pelas bombas foi a de São Paulo - Paulskirche -( teve sua construção nos anos de 1789 a 1833). Após a Segunda Guerra foi reconstruida, mas hoje não tem mais este fim, figura como local de eventos culturais e políticos.
Resolvemos descer até as margens do Rio Meno (Main, em alemão), por uma ruazinha charmosa da praça. Este rio, que corta a cidade, é um grande afluente do Rio Reno. Tem também umas pontes interessantes.
Andamos muito por este miolo, em ruas e avenidas próximas a praça até que, cansadas, nos sentamos para tomar alguma coisa, em uma cervejaria imensa, com mesas ao ar livre. Claro que tomei cerveja. Nas cervejarias alemãs as garçonetes estão sempre com roupas típicas, os canecos de chopp são imensos, todos bebem muito... reparamos que pessoas idosas também bebem bastante e desde a manhanzinha. É muito bom estar naquele clima alemão e a gente lá... apreciando tudo: a comida, a bebida, os hábitos, de longe, claro. Nesta cervejaria vi pela primeira vez "ao vivo", uma mulher vestida com uma burca. Só apareciam os olhidos dela. Não me recordo se ela bebia cerveja. Claro que não. Já era um grande avanço estar sentada ali...
Dizem que esta cidade não costuma estar no roteiro de quem faz turismo pela Alemanha, servindo apenas como conexão para outras rotas. Acho que, apesar dos arranha-céus e do impacto que eles causam, tem uma rica vida cultural, pelo que pude saber. Não foi possível conhecer a casa de Goethe, nem museus, nada. A estadia foi bem curta. Ainda assim, Frankfurt não é uma cidade que gostaria de voltar "o mais rápido possível".
No dia seguinte saímos (de ônibus agora) para Heidelberg. Lá, sim, é uma bela cidade.
Fotos:
1 - Rio Meno.
2 - Centro histórico de Frankfurt. (postal)
3 - Vista de Frankfurt, à noite (postal)
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