quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Lampiões e Poesia - 1
O ACENDEDOR DE LAMPIÕES
JORGE DE LIMA
Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente.
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente
Triste ironia atroz que o senso humano irrita
Ele que doira a noite e ilumina a cidade
Talvez não tenha luz na choupana que habita
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade
Como este acendedor de lampiões de rua.
- Fim -
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