sábado, 6 de fevereiro de 2010

França - Paris




Chegamos a Paris.
Fundada pelos Gálios e romanos, passou por dinastias e reinados, muitas vezes sangrentos, até conquistar, definitivamente, seu lugar na história, em 1789, quando teve início a revolução e o povo tomou posse do símbolo do absolutismo e do terror que era a Bastilha.
Embora tenha passado por duas grandes guerras mundiais e caido nas mãos dos alemães, em 1940, resplandece hoje com toda a sua beleza e cultura.
Paris é uma cidade encantadora. Não há quem não se apaixona por ela.
Ao chegar, avistamos seu símbolo maior, muito ao longe, à frente, e ligeiramente a esquerda: a Torre Eiffel. De qualquer ponto da cidade, lá esta ela. Iluminada, à noite, é mais linda ainda.
Ficamos pouco tempo em Paris, mas deu para conhecer alguma coisa, até porque, as coisas mais bonitas e interessantes para se ver se concentram mais na área central.
Conhecemos a Catedral de Notre Dame, construida aos poucos, entre os anos de 1163 e terminada em 1345. Impressiona pelo tamanho e beleza, a começar por seus portais, em estilo gótico. O interior, então, é deslumbrante. Esta catedral comporta 9.000 pessoas em seu interior, dizem.
Os edíficios à margem do Rio Sena, que corta a cidade, são imponentes e grandiosos. As pontes do rio, em arcos, constituem lugar de encontro e passeio. A Ponte Neuf (apesar do nome) é a mais antiga - início da construção 1578, término em 1606.
À tarde, passamos pelo Museu do Louvre. Como faltava pouco tempo para cerrar suas portas naquele dia, optamos por não entrar. Ficamos no subsolo das pirâmides em frente ao Louvre, onde estão livrarias, cafés, reproduções das obras, etc.
Ao lado e à frente do Louvre está o Jardim das Tulherias, imenso, estende -se por cerca de um quilômetro (da praça do Carrocel à praça da Concórdia). Este jardim, florido, é ornamentado por esculturas.
Imponente é o Arco do Carrocel, erigido para celebrar as vitórias de Napoleão Bonaparte, de 1805. No cimo, estão quatro cavalos e estátua da paz.
Perto do Louvre (em uma pequena praça) está a Igreja de Saint Germain L'auxerroix. Também próximo estão o Palácio Bourbon, que hoje abriga a Assembléia Nacional; a Ópera Garnier, que é o maior teatro lírico do mundo - início construção 1862, concluído em 1875; o Hotel de Ville, um prédio muito imponente.
Fomos à Place des Pyramides, onde se encontra a estátua de Joana d'Arc, ao centro; à Place Vendôme (nesta praça se encontrava a casa do Duque de Vendôme). Ao centro desta praça há uma coluna erigida em honra de Napoleão I. É rodeada por importantes edifícios. Encontra-se lá, a casa (nº 12) em que Chopin morreu.
Vimos o Arco do Triunfo, no final da maravilhosa (e famosa) Avenida Champs Elysée, que, à noite, mais parece estar enfeitada para o natal, tamanha a quantidade de luzes. O Arco do Triunfo foi encomendado por Napoleão e construído para dedicar à Grande Armada. Em seus arcos estão esculpidos imagens representativas da partida dos voluntários em 1792, conhecida como "Marséillaise", estão representados também as vitórias napoleônicas, etc. Ao longe, se avista "La Grande Arche".
Andamos à pé até o bairro Saint-Germain-Des-Près, onde está uma igreja de mesmo nome, a mais antiga de Paris (sec. XI e XII), devastada várias vezes e reconstruída. Há neste bairro várias galerias de arte e charmosos cafés, que eram frequentados por Sartre e os intelectuais da época.
Passamos pelo bairro Quartier Latin, onde está a Universidade da Sorbonne. Vimos, ainda que de uma certa distância, a Esplanade des Invalides, onde se encontra um conjunto de edifícios que no passado, 1671, era destinada a dar asilo aos velhos soldados e feridos de guerra.
Passamos pela Ópera da Bastilha, pelo Moulin Rouge, culo palco nasceu o can can e que serviu de inspiração para Toulouse-Lautrec pintar a vida noturna dos cabarés e os personagens que viviam da arte.
Caminhamos muito pelo centro de Paris, principalmente pela Rue de Rivoli, paralela ao Rio Sena.
Agora, umas das coisas que achei mais importante nesta viagem a Paris: o Museu D'orsay! Este museu fica à margem esquerda do Rio Sena. Antes, o prédio era uma estação. A instalação ficou um tempo abandonada - foi lá que Orson Wells rodou o filme "O Processo", baseado no livro de mesmo nome, de Franz Kafka. Em 1973 o presidente Pompidou a reestruturou, para que fosse criado o museu, inaugurado em 1986por Mitterrand. Chegamos ao museu ainda pela manhã e ficamos até boa parte da tarde (sem almoço) porque não podíamos perder nada, deliciando com as obras de arte dos maiores pintores impressionistas e pós impressionistas do mundo: Van Gogh, Monet, Manet, Degas, Pissarro, Sisley, Renoir, Mondrian, Gauguin, Tolousse-Lautrec, Seurat, Cèzane e outros. Custei a acreditar que estava vendo tudo aquilo. Parecia um sonho... Dezenas daquelas obras já conhecíamos por fotografias, em filmes, mas vendo alí, "ao vivo e a cores" tinha uma emoção diferente. Só por isto, penso, valeu a viagem. Ainda mais que o estilo impressionista é o que mais gosto, ou melhor, tenho uma paixão. Vimos muitas esculturas também, como de Rodin, muitos objetos de arte. Enfim, um banho de cultura, dessas de lavar a alma!
Bom, infelizmente ficou faltando muita coisa em Paris para ver: algumas obras do Louvre (se visse todas, gastaria 27 dias), Versailles, o Sacré Coeur, o Centro Pompidou, a Place des Vosges, etc, etc, etc.
Recebi um convite de um amigo, para voltarmos lá. Muito provavelmente irei. Com prazer, aliás, pois não dá para ir só uma vez em Paris, esta cidade de tantos cenários de filmes (os filmes franceses têm o seu lugar), de gente bonita e elegante. Cidade de charme, de história, de culura, de charmosos cafés, de músicas lindas também. Paris é uma festa mesmo! Au revoir, Paris!
Fotos:
1 - Ponte Neuf (Pintura de George B.)
2 - Arc de Triomphe (Pintura de George B.)
3 - Torre Eiffel.

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