quarta-feira, 25 de abril de 2012

Futebol, carnaval e bundas.

Escrevi em meu TWITTER que o cidadão comum é roubado por n pessoas/instituições, de diversas formas e citei algumas. Como não cabia em caracteres a quantidade de ladrões, decidi escrever no blog, embora não seja o assunto que me interesse escrever neste espaço. Prefiro escrever  amenidades como  viagens, literatura, pintura, artes, enfim.
Vamos lá. O cidadão comum está permanentemente sendo roubado. Começo a roubalheira  pelos POLÍTICOS. A corrupção rola solta por estas terras tupiniquins. Basta abrir os jornais ou ver pela TV.  ISTO É MAIS QUE EVIDENTE!  CPI, CPI, CPI. No Congresso é assim: uma parte acusa, a outra se defende e o tempo passa e vem outra eleição e começam novas acusações. Não é só no DF e nas grandes capitais. Pequenas cidades no interior têm cada prefeito e vereador... São centenas de cidades pelo país em que as "contas" não fecham nunca. Nem poderiam. Haja trabalho para os orgãos fiscalizadores! Estas prefeituras do interior também têm suas cpi zinhas, claro. Chega a ser hilário! Em algumas delas nem o vice pode assumir, por corrupção, nem o presidente da câmara, pelo mesmo motivo e são realizadas novas eleições fora de época.  É surreal!  PASTORES - Em nome de Jesus! E os bolsos vão enchendo! Enchendo! A IGREJA CATÓLICA  tem outra forma: preços exorbitantes para seus "serviços", como casamento, etc. Não seria uma forma de roubar?
CARTÃO DE CRÉDITO -  Felizmente nem tenho. É um dos campeões em reclamações no PROCON, assim como os PLANOS DE SAUDE e TELECOMUNICAÇÕES. Se são campeões nem preciso falar sobre. COMÉRCIO VAREJISTA: Se não prestar atenção e fazer uma pesquisa de preços, gastando tempo e sapatos verá que poderá pagar até 300% mais caro pelo mesmo produto (é uma forma simples de roubar). Material escolar, então... é o campeão da roubalheira permitida.Isto sem contar outras dores de cabeça como atraso na entrega (móveis, por exemplo), produtos entregues com defeitos, etc. As lojas não querem nem saber se você vai morrer de raiva; só querem vender e faturar e enriquecer neste pais que tudo pode, nada pune.  SERVIÇOS : experimente consertar o carro com os 99% de mecânicos não confiáveis existentes no Brasil. Em geladeira, máquinas de lavar roupa, produtos eletrodomésticos de uma forma geral, roubam descaradamente em tudo.  Vira e mexe a TV até os expõe em filme, nesta roubalheira para quem quiser ver.  É peça que não precisa trocar e eles trocam, inventam defeitos para cobrar mais, e assim vai. Punição? Nem se cogita, claro.
Experimente contratar um PROFISSIONAL DA CONSTRUÇÃO CIVIL.Já paguei 312,00 ao dia por um pedreiro, quando se cobrava 70,00. Não vou falar sobre isto, para não recordar o que passei com gesseiro,etc, etc. Foram muitos  gastos e "canos". DESONESTIDADE É ROUBO CAMUFLADO.
BANCOS E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS- Deus que nos livre deles. São os piores roubos institucionalizados do pais e achando que ainda é pouco, inventam outros, como as taxas que ninguém sabe o que é, nem prá que.
PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAUDE. Há médicos que cobram 350,00 por uma consulta. Se esse dinheiro fosse a certeza para a cura... mas é só para falar (muitas vezes) de que você irá morrer. Consideram-se deuses. De quê, não sei. É uma casta intocável e infalível ...
Falarei mais sobre ladrões em uma outra oportunidade, pois assunto sobre isto não faltará.  
ESTAMOS CERCADOS DE LADRÕES e quem nos salvará? Meu Deus, esqueci de falar nos LADRÕES QUE NOS ASSALTAM diariamente, nos matam, sequestram, violentam, explodem caixas eletrônicos, nos esperam nas saidinhas de banco, que nos "visitam" em casa. Estes sabem mais do que ninguém que  todos roubam, por que eles não fariam também? Seria injusto todos roubarem e eles, não! Questão de justiça... às avessas...O " brasil" é assim. Cheio de respeito pelo futebol, carnaval e bundas...

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Amor de Salvação

"Amor de Salvação" é o livro que estou lendo. O autor é Camilo Castelo Branco, escritor português, nascido em Lisboa (1825-1890). Li "Amor de Perdição", que é um bom livro também e que o tornou mais conhecido.
Camilo Castelo Branco teve uma vida muito desrregrada, amou muitas mulheres, mas a que ele considera o amor de sua vida é Ana Plácido que ele conheceu aos 25 anos, em um baile, na cidade do Porto. Foi amor à primeira vista, paixão avassaladora. A família dela resolve casá-la com um comerciante, mas ela nunca esqueceu Camilo. Alguns anos depois, Ana, já mãe de familia, é raptada por Camilo. Houve uma perseguição pela polícia e ambos são presos. Quando sairam da prisão foram morar juntos. Um grande escândalo para a época. Viveu com Ana até o fim de seus dias.
Antes de se apaixonar por Ana, Camilo se casou com Joaquina Pereira; alguns anos depois raptou Patrícia Emília, fugindo com ela. Pouco tempo depois torna-se amante de Maria Felicidade, dizem ter tido um caso com a freira Isabel Cândida e também um caso passageiro com uma turista inglesa, enfim várias mulheres cruzaram a vida do escritor.
Camilo pode viver de literatura, enquanto a saúde permitiu...  " Na vida e na obra parece que não houve meio termo. Moderação, equilíbrio, contenção, estabilidade são normas inteiramente alheias a seu receituário." Camilo teve dois filhos com Ana, um deles saiu de casa ainda muito novo e se tornou marginal, o outro desde cedo manifesta sérios distúrbios psiquiátricos. Para agravar o escritor vai aos poucos perdendo a visão, impossibilitando-o de escrever, o que fez durante toda a vida e a razão da própria vida. Não suportando tanta tragédia, suicida com um tiro na cabeça, em 1º de junho de 1890 - "no melhor estilo dos seus heróis e anti-heróis mais impulsivamente românticos."

terça-feira, 10 de abril de 2012

A Cruz Mutilada

A  CRUZ MUTILADA.

Amo-te, ó cruz, no vértice firmada
De esplênidas igrejas;
Amo-te quando à noite, sobre a campa,
junto ao cipreste alvejas;
Amo-te sobre o altar, onde, entre incensos,
As preces te rodeiam;
Amo-te quando em préstito festivo
As multidões te hasteiam;
Amo-te erguida no cruzeiro antigo,
No adro do presbitério,
Ou quando o morto, impressa no ataúde,
Guias ao cemitério;
Amo-te, ó cruz, até quando no vale
Negrejas  triste e só,
.........................................................
E eu te encontrei, num alcantil agreste,
Meia-quebrada, o cruz. Sozinha estavas
Ao por do sol, e ao elevar-se a Lua
Detrás do calvo cêrro. A soledade
Não te pode valer contra a mão ímpia
Que te feriu sem dó. As linhas puras
De teu perfil, falhadas, tortuosas
Ó, mutilada cruz, falam de um crime
Sacrilégio brutal e ao ímpio inútil
.......................................................
O sino os simples sons pelas quebradas
Da cordilheira, anunciando o instante
Da Ave Maria; da oração singela
Mas solene, mas santa, em que a voz do homem
Se mistura nos cânticos saudosos,
Que a natureza envia ao céu no extremo
Raio de Sol, passando fugitivo
Na tangente deste orbe, ao qual trouxeste
Liberdade e progresso, e que te paga
Com injúria e o desprezo, e que te inveja
Até, na solidão, o esquecimento.

Poesia de Alexandre Herculano, poeta português - (1810 - 1877)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Flores - Fotos - 2






Flores - Fotos - 1






Inhotim - Fotos - 2





Inhotim - Fotos - 1







Inhotim - Brumadinho MG






Inhotim significa "Bico do Campo" em Tupi. Fica distante de Belo Horizonte 60 km, na cidade de Brumadinho (30 mil habitantes). É um parque ambiental, cuja área de visitação tem 96,87 ha, sendo 3,5 ha de espelho dágua. Abriga exposições de arte permanente e temporária, espalhadas em 18 galerias. É um passeio agradabilíssimo pela beleza de sua vegetação e tranquilidade do lugar. Há no parque infraestrutura,  com restaurante, lanchonetes, pequenas lojas de artesanato, mapas do local e guias. O passeio pelo parque pode ser feito também em mini ônibus aberto. É um passeio que recomendo, com certeza. É impressionante também a limpeza do parque; não se vê folhas secas espalhadas pelo chão; a manutenção é excelente.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Tristeza no Céu


"No céu também há uma hora melancólica.
Hora difícil, em que a dúvida penetra as almas
Por que fiz o mundo? Deus pergunta
e se responde: Não sei.
Os anjos olham-no com reprovação
e plumas caem
Todas as hipóteses: a graça, a eternidade, o amor
caem, são plumas.
Outra pluma, o céu se desfaz
Tão manso, nenhum fragor denuncia
o momento entre  tudo e nada
ou seja, a tristeza de Deus."


Texto: Antologia Poética - Carlos Drumond de Andrade
Fotos: Igreja do Mosteiro dos Jerônimos - Belém - Portugal