segunda-feira, 29 de março de 2010

Alemanha - Munich




A última cidade a ser visitada nesta viagem é Munich. Uma grande cidade com mais de 1,3 milhões de habitantes; é a capital da Baviera.
Nosso hotel, muito bom, mas ficava relativamente, distante do centro, sendo necessário utilizar o metrô. Compramos o bilhete no hotel mesmo, e poderíamos utilizá-lo por 24 horas.

De início, fizemos um City Tour, claro. Deu para ver mais ou menos como é a cidade; nos concentramos na mais famosa e movimentada praça, a Marienplatz. Nela se concetram os principais "atrativos" para os turistas, como o prédio da prefeitura, construido por volta de 1867, imenso e imponente, igrejas lindas, mercados, galerias e cervejarias. A arquitetura dos prédios mais antigos é muito bonita.

No prédio da Prefeitura, todos os dias, às 11:00 e às 17:00, uma multidão de turistas se aglomeram com suas filmadoras e máquinas fotográficas para apreciar o Glockenspiel: um conjunto de bonecos, num espetáculo de cinco minutos, se apresentam dançando em círculos, em dois andares abertos da sacada. Os bonecos executam um torneio de cavaleiros e uma dança típica da Baviera, ao som do badalo dos sinos. O pátio interno da Prefeitura é aberto ao público. Há restaurantes e lanchonetes lá, com mesas e cadeiras ao ar livre. Muito bom.

Em uma pequena praça próxima a Marienplatz está a Hofbräuhaus, um enorme salão onde se bebe muita cerveja a noite toda. Lá é só festa. Não entramos para conhecer.

Em Munich além da cerveja, tem também uma grande variedade de salsichas. Basta andar por uma rua, atrás da Marienpltz, e logo se avista o Viktualienmarkt, um mercado abarrotado de salsichas e linguiças produzidos na Bavária; além de queijos, frutas, geléias, codimentos, flores, artesanatos, vinhos, etc. Este mercado é ao ar livre, com as bancas cobertas, vendendo os produtos. Quem quiser, pode tomar cerveja e degustar as salsichas, pois tem lugar para mesas e cadeiras também. É tão grande que corre o risco da gente se perder por lá.

Pelo jeito, Munich é sempre movimentada, alegre e festiva. Nem poderia ser de outro jeito, sendo a cidade principal da grande comemoração da Oktoberfest.

Antes de irmos embora de Munich, passamos pelo Palácio Real Nynphenburg, antiga residência de verão dos reis da Bavária. É de impressionar a extensão dos jardins deste palácio. Infelizmete não conhecemos seu interior.

Fim da viagem... Tinha interesse em conhecer um pouco a Alemanha, pelas paisagens do sul, mas me surpreendi. A Alemanha toda é muito bonita, embora o sul seja ainda mais.

De qualquer forma foi uma viagem que valeu a pena pelas coisas que vi: a arquitetura, as igrejas, os castelos, os monumentos, os rios, as florestas e bosques, a profusão de flores, a comida, a bebida, a organização dos alemães. Não se pode negar também sua potência econômica e industrial, e a qualidade de vida dos alemães. Lá, o salário mínimo é quase sete vezes maior que o salário mínimo do Brasil. Culturalmente, a Alemanha se destaca também. Por lá nasceram, ou moraram, os maiores gênios da música clássica.

Enfim, a Alemanha é cheia de lugares interessantes para ir e curtir. Os alemães, ao contrário do que dizem, percebi que são alegres... Talvez a Alemanha esteja querendo afastar os fantasmas do passado, por ter sido protagonista de duas grandes guerras e vilão da humanidade com o holocauto. Não sei... Só sei que gostei muito de tudo...
Fotos:
1 - Prédio da Prefeitura - Marienpltz.
2 - Jardim - Centro de Munich.
3- Palácio Real de Nynphenburg.

Alemanha - Palácio de Linderhof




Em uma viagem anterior visitei o Palácio de Linderhof, mas a gente nunca vê tudo em uma viagem, por isso achei bom retornar.
O Palácio de Linderhof foi construido entre os anos de 1869 e 1878, também por Ludwig II. Dos tres castelos que ele construiu, apenas este, o menor deles, ele viu concluido.

De início o Palácio impressiona pelos jardins, maravilhosos. Ele é dividido em partes, ou seções:
na primeira seção há uma cascata, com a Fonte de Netuno; na segunda, um tanque grande com a figura dourada da "Fama" e outra do "Amor"; na terceira, uma escultura de Vênus e Adonis e a quarta também um largo tanque com uma fonte alta. Por fim, os jardins em terraço com a "Fonte de Náiade", o busto de Maria Antonieta de França e um templo redondo com a estátua de Vênus.

O Palácio possui quatro salas. Todas maravilhosas, como é comum nos palácios, mas a que me chamou mais a atenção foi a Galeria dos Espelhos, que funcionava como uma sala de estar para o rei. Os espelhos criam um efeito inigualável. A Sala de Jantar também é belíssima, assim como o quarto. Enfim, não dá para ficar descrevendo a beleza e riqueza do Palácio. Nem fotos retratam, por exemplo, a beleza dos efeitos dos espelhos. Tem que ir mesmo...

Ludwig II construiu este Palácio tentando imitar a construção do Château de Versalhes, de Luís XIV, rei da França e seu ídolo, mas o Linderhof é bem menor.

Na viagem anterior, quando visitei este Palácio, visitamos também a Gruta de Vênus, no parque, que Ludwig II mandou construir - totalmente artificial - imitando o cenário da Ópera Tannhäuser, de Wagner, nas pedras artificiais da gruta. O rei passeava pelo lago dentro da gruta, que tinha efeitos de luzes que se alternavam em cores. Tinha também uma máquina que fazia efeitos de arco iris e pequenas ondas no lago. Assim, pela primeira vez se instalou na Baviera um motor de eletricidade.

Ludwig era considerado excêntrico e louco; nunca era visto em público. Nutria uma paixão neurótica (e não correspondida) pelo compositor Richard Wagner a quem protegia. Morreu aos 41 anos, afogado. Não se sabe se foi acidente ou suicídio.

Munich, nossa próxima e última cidade visitada nesta viagem.
Fotos:
1 - Palácio de Linderhof
2 - Jardins internos deste Palácio.

domingo, 28 de março de 2010

Alemanha - Garmisch-Partenkirchen




Passamos algumas horas em Oberammergau, um município de Garmisch-Partenkirchen. Situa-se no vale Ammer, na região da Bavária. É um pitoresco povoado de 5,3 mil habitantes.
Como o tempo não era muito, tratamos de almoçar logo, para visitar algumas lojas de artesanato, por sinal maravilhosos. É muito comum nesta cidade trabalhos em madeira, umas obras de arte. Tinhamos que fotografar também.

A cidade é muito conhecida também pelo mais importante evento religioso da Alemanha, a encenação da Paixão de Cristo, que acontece a cada 10 anos, desde 1633. Este evento tem origem em uma promessa que os moradores fizeram, para acabar com as mortes provocadas pela peste negra e os sofrimentos provocados pelos efeitos das guerras. Como não houve mais mortes por peste negra na aldeia, eles continuaram com a encenação.

Tão logo a gente entra na cidade, percebe que ela é um pouco diferente das outras. As casas. As fachadas são pintadas com temas religiosos - afrecos da Virgem Maria da Santíssima Trindade, de São Jorge contra o dragão, cenas bíblicas; outras mostram paisagens, ou deuses gregos. O que achei mais interessante e inusitado, os afrescos com personagens de histórias infantis dos irmãos Grimm. Estas fachadas estão pintadas há mais de dois séculos e são cuidadosamente restauradas, dizem. Eram os burgueses quem mandavam pintar as fachadas, como pagamento de promessas ou simplesmente por que gostavam...

Como em toda a Alemanha, Oberammergau também é cheia de flores. Vi um prédio de tres ou quatro andares, mas extenso no comprimento, com varandas, e um "cinturão" de pequenas flores vermelhas o cercavam de fora a fora... por toda a varanda, nos quatros lados do prédio... Como é que pode?

Fizemos uma parada no Mosteiro de Ettal, fundada pelo imperador Ludwig IV, da Baviera, Seu interior é belíssimo e rico, com dezenas de afrescos e um portal e cúpulas lidíssimos. Vale a pena a visita. À parte, mas anexo à Abadia há lojinhas que vendem objetos religiosos, cervejas artesanais e licores que eles produzem. Tudo santificado, imagino.
Fotos:
1 - Casa típica de Oberammergau.
2 - Vista da Abadia Beneditina de Ettal.
3 - Interior desta Abadia.

Alemanha - Castelos da Baviera


Castelo de Neuschanstein

Existem no estado da Baviera 32 palácios e residências reais e 13 castelos e fortalezas. Entre eles, o de Neuschanstein, o castelo de contos de fadas, construido por Ludwuig II, o rei sonhador e ... "louco". Foto 1
O castelo foi construido em 1869, não por arquiteto, mas pelo cenógrafo Christian Janks, no Sudoeste da Baviera e teve como inspiração, cenas de óperas de Wagner, de quem o Rei era amigo.

O castelo é o cartão postal da Baviera, e por que não dizer, da Alemanha. Talvez seja o castelo mais conhecido e fotogafado, por turistas de todo o mundo. Tem uma fila enorme para entrar, mas quando se compra o bilhete que dá acesso ao interior, vem impresso o horário de entrada. Tudo organizadinho, como é característico do alemão.

Entramos no castelo. É proibido fotografar seu interior; como ele é muito alto, 80 metros, não há distância que dê ângulo para fotografá-lo do lado de fora, a não ser subir por um caminho ao lado do castelo, chegar a uma ponte, onde a visão é perfeita.

Seu interior é belíssimo. Vimos a Sala do Trono (mas o trono não foi colocado, porque o Rei moreu antes que pudesse usá-lo), a suite principal do Rei, a cozinha (muito bem conservada), a sala de jantar, etc.

Hoje o castelo pertence ao estado da Baviera.

Castelo Hohenschwangau

Este castelo começou a ser construido em 1833, pelo pai de Ludwig, Maximiliano II. Era a residência de caça da familia: a mãe, Maria da Prússia e o irmão de Ludwig, Otto. (foto 2 -postal).

Quando o Rei Maximiliano II morreu, Ludwig II o sucedeu, vindo a residir no castelo, juntamente com sua mãe.

Infelizmente, não conhecemos seu interior.
Realmente foi uma viagem longa esta. Estamos indo para uma cidade chamada Oberammergau.

Alemanha - Lindau / Áustria - Dornbirn




Fomos até Lindau (Linda, em Alemão) um pequeno lugarejo, localizado em uma ilha do lago Bodensee. Tem um centro histórico medieval bastante interessante. O prédio onde funciona a Prefeitura foi construido entre os anos de 1422 a 1436. A fachada deste prédio tem afrescos representando os Dez Mandamentos e Cenas do Parlamento, datados de 1496.

Caminhando pelas ruas, descemos até o porto, onde há um farol de 33 metros de altura e uma estátua de um leão de 6 metros. Pequenos navios levam os turistas para passeio neste lago. Muito interessante a cidade. Ficamos tanto tempo "descobrindo" a cidade, que passou a hora do almoço. Lá, os restaurantes só funcionam até às duas ou tres horas, no máximo. Tivemos que nos contentar com sanduiche de pão com salsicha e mostarda, o que não é nada mal. Pelo contrário.

Após o lanche, começamos a nos preparar para, novamente, cruzar a fronteira da Alemanha. Desta vez, para a Áustria (a primeira vez, para ir a Strasbourg, na França). Iríamos a Dornbirn.




Dornbirn fica a mais ou menos 29 km de Freiburg, às margens do Rio Ache de Dornbirn.
No dia seguinte, partiríamos para Neuschwanstein.

Saímos para dar uma voltinha pela cidade, rapidamente, o tempo para conhecer o centro. É uma cidadezinha bem pequena, de 35 mil habitantes. As ruas estavam desertas... fazia um pouco de frio. Foi lá que tomei a melhor cerveja até hoje. Tinha a opção de escolher a cerveja com sal ou com doce. Nem sabia que existia cerveja salgada ou doce! Optei pela doce e, realmente, é maravilhosa. Pena que eu não sei o nome da danadinha!

Pernoitamos por lá. No dia seguinte partimos bem cedo, para conhecer os castelos da Baviera. Na verdade já os conhecia de uma outra viagem, mas eles são tão lindos, que faria tudo de novo e de bom grado. Até lá, "Contando Tudo".
Fotos:
1 - Imediações do lago, no centro de Lindau.
2 - Navio com Turistas.
3 - Centro histórico - Prédio da Prefeitura.

Alemanha - Região da Floresta Negra




Retornamos à Alemanha, para nos emaranhar na famosa Cordilheira ao sudoeste : a Floresta Negra. Esta parte da Alemanha é qualquer coisa prá lá de bonita. O caminho é estreito. Aos poucos, a floresta vai aparecendo... os vales também... e a emoção vem junto. Ouvíamos uma música suave. Eu ficaria por lá o resto de minha vida, se fosse preciso ou se não fosse também. A floresta é formada basicamente de pinheiros. Seu nome está associado ao fato de os pinheiros serem mais escuros, muito juntos, dando a sensação de escuro, mas segundo o guia, é um lugar que mais recebe luz do sol.
Das seis principais cidades da região da Floresta Negra passamos por duas: Freiburg im Breisgau e Titisee.

Freiburg é uma cidade de mais ou menos 200 mil habitantes, situada na orla do Rio Dreisan e aos pés do Schlossberg. É conhecida como a capital da Floresta Negra.

O que mais me chamou a atenção nesta cidade foi a catedral gótica, inaugurada há 700 anos. Sobreviveu relativamente intacta aos bombardeios da Segunda Guerra.

Titisee é uma pequena ilha no lago Constance (Bodensee, em alemão). Este lago está justamente na fronteira da Alemanha (ao norte), Áustria (a leste) e Suiça (ao sul).

Fomos descendo beirando o lago, o mais bonito que já vi nestas andanças. De longe se avistam pequenas embarcações e as águas brilham intensamente, refletindo a luz do sol. Do lado oposto ao lago, à nossa esquerda, vimos a cidade de Constance, que é uma cidade universitária, muito bonita, dizem. Infelizmente não fomos lá. Estas duas cidades, Freibug e Titisse, se destacam também pelo gosto por relógios. São de todos os tamanhos, modelos e preços As pequenas lojas de Titisee, principalmente, vendem como objeto de valor ou simplesmente como "lembranças", mas é relógio por toda a parte.
Esta cidade tem canteiros de flores, principalmente "amor perfeito" numa profusão de cores,
por todos o lados, até nos canteiro centrais das ruas. Sentamo-nos numa lanchonete com mesas ao ar livre e ficamos ali, de bobeira, apreciando... Quer mais?

sábado, 27 de março de 2010

França - Strasburgo




Strasburgo fica na região de Alsácia. É uma comuna situada no leste da França, na margem esquerda do Rio Reno. Foi anexada ao império alemão em 1871, mas em 1919, após a Primeira Guerra Mundial, voltou à França, pelo Tratado de Versalhes . Durante a Primeira Guerra Mundial voltou novamente a pertencer à Alemanha e no final da Guerra a retornar para à França.

É atravessada pelo Rio III, afluente do Reno, que se divide para formar "braços" no outro lado da cidade. O centro de Strasburgo é totalmente tombado pela UNESCO; é cheio de vida: muitos turistas, point cultural e gastronômico. Almoçamos em um restaurante ao ar livre, na praça, um delicioso quiche, que só os franceses sabem fazer.

Um dos pontos de interesse, e não dá para passar desapercebido, é a catedral, de arquitetura gótica, edifício mais alto do mundo entre os anos de 1625 a 1874, quando foi ultrapassada pela catedral de Colonia, na Alemanha.

Gostei da cidade. À beira do rio a arquitetura também é linda com canteiros altos cheios de flores perto das pontes, o que dá uma beleza toda especial. Tive a sensação de que não saí da Alemanha.
Próxima parada: Freiburg.
Fotos:
1 - 2 - e 3- Margens do rio de Strasburgo

Alemanha - Heidelberg




De Frankfurt a Heidelberg são 90 km, mais ou menos. Vale a pena conhecer esta cidade.
Li em algum lugar que Vitor Hugo (escritor francês), em 1840 disse: "não é preciso passar por Heidelberg. Melhor seria morar".

Heidelberg é cortada pelo Rio Neckar, que nasce na Floresta Negra e deságua no Rio Reno. Tem como pano de fundo mantanhas, colinas bosques e florestas. Tem cenário melhor? Felizmente a cidade foi poupada pelos bombardeios da Segunda Guerra. Dizem que os aliados estavam prontos para atacá-la, quando um general americano que havia estudado lá, ordenou que fosse preservada. Seria lenda ?
Entre as atrações turísticas, e a mais importante, são as ruinas do castelo, cartão postal de lá. Ergue-se em uma elevação, entre bosques verdejantes. A primeira menção documental deste castelo data de 1196. Foi alvo de guerras e teve que ser reconstruido algumas vezes em sua longa história. Serviu de residência por mais de 500 anos da dinastia Wittlsback.

Entrar neste castelo dá um certo arrepio, porque nos vem à memória histórias de guerras épicas, mortes, traições e lutas protagonizadas nas telas de cinema. Parecia que estava em uma cena de um filme destes. Logo no pátio de entrada já nos deparamos com um fosso (que era um sistema de defesa do castelo). Cair ali, já está mortinho, devido à altura. As portas são maciças, pesando toneladas, acredito, e com aquela argola grossa de ferro que servia para chamar. Impressiona o tamanho do barril de vinho em um lugar que cabe apenas ele, daí o lugar parecer apertado. Ele mede mais de 8 metros de comprimento e 7 metros de diâmetro. É uma atração à parte. Não tem como fotografá-lo por inteiro, pois não há distância para um bom ângulo. Dentro do castelo é uma penumbra, como em um cenário de horrores; além da pouca iluminação, os objetos e paredes são escuros, pela ação do tempo; tudo muito fechado... e lúgubre, mas vale conhecer pela história e pela vista que se tem da cidade, com a igreja - Heiliggeist Kirche - Igreja do Espírito Santo, a ponte medieval, toda em arcos. Parece que o guia falou que esta ponte foi construida em estilo medieval, mas não é da época medieval. Depois confirmo isto.

Heidelberg possui uma das universidades mais mais antigas do mundo, fundada em 1386. Lá os estudantes são de diversos países.

Como Heidelberg não é uma cidade muito grande, em torno de 150 mil habitantes, dá para andar tranquilamente pelas ruas estreitas e becos de traçados medievais . As ruas são limpas, casas floridas, charmosos cafés, restaurantes, lojas (muitas, de suvenirs). Dá para fotografar muito também; o problema é escapulir dos inúmeros turistas, para que eles não fiquem em primeiro plano nas fotografias.

Como estávamos muito perto da fronteira com a França, fomos até lá, na cidade de Strasburgo antes de irmos para Freiburgo.
Fotos:
1 - Vista da cidade de Heidelberg e a ponte medieval.
2 - Vista do Castelo.
3- Ruinas de Castelo

Alemanha - Frankfurt







Quando saímos de St. Goar, o "nosso guia e motorista particular" nos infomou que em Frankurt nos encontraríamos com o restante dos turistas, brasileiros, inclusive, para o restante da viagem, em ônibus, ou seja, a nossa mordomia de viajar de carro havia terminado. Claro que não gostamos e ele, bem humorado, disse que nós ficamos "mal acostumadas". Estávamos exatamente na metade do roteiro da viagem.

Chegamos à tarde em Frankfurt. Encontramos nossos desconhedidos compaheiros de viagem, dalí prá frente.

Estava muito cansada, mas tomamos um taxi e fomos para o centro da cidade, em uma praça, com algumas recomendações e dicas do guia a respeito do que encontraríamos lá.

Confesso que quando cheguei em Frankfurt me assustei... prédios altos e modernos, bem diferentes do que havia visto, até então, na Alemanha. Esta metrópolis se justifica por ser Frankfurt o maior centro financeiro da Europa Continental; a maior área para as dezenas de feiras e exposições importantes que se realizam anualmente; sede de centenas de grandes bancos, bolsa de valores, etc .

Passado aquele primeiro impacto, diga-se de passagem, ruim para meu espírito amante de paisagens bucólicas, respirei fundo e fui "enfrentar" Frankfurt.

Chegamos a praça chamada Römerberg (ou Praça Römer). Ela é circulada por um conjunto de casas históricas do século XV a XVIII, belíssima praça. Ficamos procurando a Câmara Municipal, seguindo a descrição que o guia havia nos falado (afinal, estava sem a minha preciosa caderneta com as anotações). Achamos. São tres casas bem juntinhas, tendo a fachada superior em "escadinhas" . Este complexo da Câmara Municipal chama-se Römer, mas a Câmara mesmo é a casa que fica ao centro.

Frankfurt também não escapou aos bombardeios da Segunda Guerra. Esta praça foi bastante atingida e teve de ser reconstruida, mas a beleza dela ficou presevada. A única construção desta praça que "sobreviveu" às bombas foi a igreja Alte Nikolaikirche (em estilo gótico), ou igreja de São Nicolau. Uma igreja - destruida pelas bombas foi a de São Paulo - Paulskirche -( teve sua construção nos anos de 1789 a 1833). Após a Segunda Guerra foi reconstruida, mas hoje não tem mais este fim, figura como local de eventos culturais e políticos.

Resolvemos descer até as margens do Rio Meno (Main, em alemão), por uma ruazinha charmosa da praça. Este rio, que corta a cidade, é um grande afluente do Rio Reno. Tem também umas pontes interessantes.

Andamos muito por este miolo, em ruas e avenidas próximas a praça até que, cansadas, nos sentamos para tomar alguma coisa, em uma cervejaria imensa, com mesas ao ar livre. Claro que tomei cerveja. Nas cervejarias alemãs as garçonetes estão sempre com roupas típicas, os canecos de chopp são imensos, todos bebem muito... reparamos que pessoas idosas também bebem bastante e desde a manhanzinha. É muito bom estar naquele clima alemão e a gente lá... apreciando tudo: a comida, a bebida, os hábitos, de longe, claro. Nesta cervejaria vi pela primeira vez "ao vivo", uma mulher vestida com uma burca. Só apareciam os olhidos dela. Não me recordo se ela bebia cerveja. Claro que não. Já era um grande avanço estar sentada ali...
Dizem que esta cidade não costuma estar no roteiro de quem faz turismo pela Alemanha, servindo apenas como conexão para outras rotas. Acho que, apesar dos arranha-céus e do impacto que eles causam, tem uma rica vida cultural, pelo que pude saber. Não foi possível conhecer a casa de Goethe, nem museus, nada. A estadia foi bem curta. Ainda assim, Frankfurt não é uma cidade que gostaria de voltar "o mais rápido possível".

No dia seguinte saímos (de ônibus agora) para Heidelberg. Lá, sim, é uma bela cidade.


Fotos:
1 - Rio Meno.
2 - Centro histórico de Frankfurt. (postal)
3 - Vista de Frankfurt, à noite (postal)

quinta-feira, 25 de março de 2010

Alemanha - Rudeshein e Vale do Rio Reno




Rudeshein é uma pequena cidade, charmosíssima, às margens do Rio Reno. Suas ruas são estreitas, cheias de lojinhas, casas com flores nas janelas e uns banquinhos no passeio. Pura tranquilidade... De lá embarcamos para um passeio de catamarã pelo rio.

O Rio Reno nasce nos Alpes, no leste da Suiça e atravessa ou acompanha seis paises, entre os quais, a Alemanha.
Começamos nossa descida pelo rio. A paisagem é deslumbrante. Schumann compôs a sinfonia nº 3, expressando na obra suas evocações e memórias deste rio, bem como a influência de suas paisagens e lendas na alma dos alemães. Uma das lendas mais conhecidas é a de Loreley, uma sereia loira que seduzia os navegantes do Rio Reno. Dizem que eles ficavam tão encantados com suas canções, que perdiam o controle da embarcação e fatalmente acontecia um acidente, levando-os à morte.

As margens do rio são repletas de castelos, construidos no alto. Tem-se a sensação de voltar ao tempo, à epoca dos piratas... Ficamos tão entretidas com as paisagens, a oportunidade de fotografar tudo, que perdemos a noção do tempo. Talvez tenhamos viajado umas quatro horas. De tempos em tempos o barco parava à margem, para turistas subirem ou descerem.

Fizemos todo o trajeto sozinhas. O guia havia levado o carro em uma balsa pelo rio e combinou de nos esperar em St. Goar. Confesso que foi um alívio quando o vimos postado à margem nos esperando, com um sorisso todo largo. Estávamos salvas.

St. Goar é uma cidade minúscula, bem próxima à margem e cercada por montanhas. Parece que tem só uma rua principal, cheia de restaurantes, lanchonetes, pequenas casas comerciais de vinhos, geléias e toda guloseima possível. Almoçamos por lá uma comida tipicamente alemã. No período em que viajamos era a safra de aspargos, estavam bem baratos e fresquinhos, mas preferi uma comida mais pesadinha com salsichas variadas, batatas com um creminho e chucrute. Afinal, estava na Alemanha. Bebi umas cervejas, por sinal, maravilhosas. Tudo de bom estava ali.
Sempre quando viajo procuro pesquisar sobre os lugares em que vou, fazer anotações de pontos turísticos e coisas interessantes da cidade. Desta vez não foi diferente: anotei muita coisa em uma caderneta, que tinha até um mapinha da Alemanha, com o nosso roteiro traçado em destaque. Tudo organizadinho. Infelizmente, neste almoço em St. Goar eu a perdi. Quando fui guardar a caderneta na bolsa, ela caiu no chão e eu não vi. Só pecebi muito tempo depois, quando precisei dela. Estávamos exatamente na metade da viagem, portanto a outra metade da viagem fiquei tentanto buscar na memória as anotações que fiz com tanto cuidado.

Deixamos o Vale do Rio Reno e suas margens com inúmeros vilarejos de casinhas coloridas e bem cuidadas; torres de igrejas ponteagudas e vermelhas, pequenos barcos ancorados lânguidamente... Deixamos aquelas paisagens bucólicas...a tranquilidade e fomos para Frankfurt, no agito de uma cidade grande... movimentadíssima.
Fotos:
1 - 2 - e 3 Cruzeiro no Rio Reno.

Alemanha - Colonia



Chegamos a Colonia (Köln, em alemão) que é, a exemplo de Bremen, uma cidade independente (com estatuto de distrito). Andamos muito pela cidade e eis que chegamos a Gockengasse, 4711, rua onde está a empresa da famosa "Agua de Colonia", instalada em 1804. Há na loja desta fábrica uma torneira (como um chafariz) permanentemente jorrando a água de colonia, onde os turistas e clientes podem se perfumar à vontade. Bem que tive vontade de pegar umas garrafas de água mineral vazias e enchê-las de água de colonia diretamente da "fonte". Comprei alguns vidrinhos para dar de presente...
Bem no centro da cidade o movimento de turistas é grande. Muitas lojas de grifes, galerias, também lojas mais simples e de "souvenirs" e a Catedral de Colonia, em estilo gótico e é qualquer coisa esplendorosa. O início da construção foi no século XIII (1248). Levou mais de 600 anos para ser completada, devido as inúmeras interrupções. As suas torres medem 157 metros de altura; o comprimento da catedral é de 144 metros, e quase 70 metros de largura. Sofreu 14 ataques de bombas aéreas na Segunda Guerra Mundial e não caiu, mas teve de ser reconstruida. Sentamo-nos em um restaurante ao lado da catedral, em uma área externa, para lanchar e apreciar sua beleza e imponência.
Fomos caminhando pela cidade com um guia local, conhecendo outros monumentos e prédios reconstruídos após a guerra. Segundo ele, 95% das contruções foram destruídos neste período, por bombardeios aéreos. Praticamente toda a cidade, então.
Não foi a primeira vez que Colonia sofreu com guerras; em 1794 as consequências das Guerras Revolucionáias Francesas resultaram na ocupação da cidade e, em 1814 a cidade de Colonia foi ocupada por tropas prussianas e russas.
Descemos até a ponte metálica - Ponte Hohenzollern - uma das pontes que cruza o Rio Reno. Vimos que dezenas de trens passam por lá diariamente. Pedestres também circulam por ela. Da ponte tem-se uma imagem belíssima de Colonia, com a catedral ao fundo. Um verdadeiro cartão postal.
Deixamos Colonia para trás e nos preparamos para ir a Rudesheim e depois um cruzeiro na região central do Vale do Rio Reno. Isto é que é vida... e eu estou "Contando Tudo".
Fotos:
1- Vista aérea de Colonia (postal).
2- Ponte Hohenzorllern.
3- Catedral (postal).

terça-feira, 23 de março de 2010

Alemanha - Bremen


As autos estradas europeias são excelentes. Isto é muito bom, pois são mais seguras, rápidas e confortáveis. Não há limite de velocidade, a não ser em determinados pontos, onde há placas sinalizando, que todos respeitam. Bem diferente do Brasil, diga-se de passagem.
Chegamos em Bremen no final da manhã. A cidade fica no noroeste do país, às margens do Rio Weser. Pequena, charmosa, aconchegante, assim é Bremen. Estávamos ali de passagem, mas deu para conhecer alguma coisa; o tempo necessário para um sanduiche de pão com salsicha e mostarda, delicioso, e fotografar, claro.
No centro da cidade há a Praça do Mercado - Marktplatz - onde estão a Catedral Gótica de St. Petri, a Prefeitura, a casa Schutting com uma fachada linda, a estátua de Roland, com 5,5 metros de altura, símbolo de justiça e liberdade da cidade, independente, que tem estatuto de distrito. Nesta praça estão também charmosos cafés, com mesas nas calçadas e algumas lojas comerciais e de souvenirs. Grupos folclóricos se apresentavam com roupas coloridas e músicas Parecia dia de festa, com muitos turistas. A praça estava cheia de gente. Acho que era domingo... Não tenho certeza. Quando a gente viaja perde a noção do tempo... Todos os dias parecem domingo.
Caminhando por uma das ruas laterais da praça pudemos andar por uma feira de artesanato e
flores e bem perto dali, a famosa estátua alusiva aos músicos de Bremen, uma história dos irmãos Grimm, sobre quatro animais domésticos que, fugindo do facão, se dirigem a esta cidade, cantando. É o cartão postal de lá.
Saímos bem felizes, rumo a Colônia.
Fotos:
1 - Estátua alusiva aos músicos de Bremen.
2 - Centro histórico, com a estátua de Roland.

Alemanha - Hamburgo



O dia amanheceu chovendo e fazia um pouco de frio em Berlim. Ficamos à espera do guia no hall do hotel, para posseguimento da viagem com destino a Hamburgo.
Eis que ele aparece e se apresenta. Estava em uma mercedes. Pensei que nos levaria até o ônibus, onde estariam os outros turistas. Que nada! Alcançamos a rodovia. Foi quando descobrimos que viajaríamos com ele, de carro, por uma semana, até Frankfurt. Viajando em uma mercedes com guia só para nós era tudo de bom.
A viagem foi tranquila. Chegamos a Hamburgo e nos hospedamos não muito distante do centro; daria para ir caminhando até lá, em 15 minutos. O hotel não era grandes coisas, mas dava perfeitamente para encarar. Nestas alturas.... saindo de um hotel cinco estrelas, qualquer um, ainda que bom, seria inferior. A gente fica mal acostumada rapidamente...
Hamburgo é uma cidade estado localizada ao norte da Alemanha, às margens do Rio Elba e no encontro dos rios Alster e Bille. É um cidade bonita, cheia de canais e mais de 2500 pontes, ou seja, há mais pontes lá que Veneza e Amsterdã somadas.
Ficamos a maior parte do tempo no centro da cidade, apreciando os canais, as pontes e o charme dos bares e restaurante às suas margens, principalmente os contíguos à galeria Hanse Viertel, muito chique, e um belo lago com cisnes tranquilos... Tudo é lindo. A prefeitura de Hamburgo chama a atenção. Foi construida entre 1886 e 1897, em estilo neo-renascentista. Fica na Rathausmarkt. Seu interior também é muito bonito; fomos até o pátio interno, para o registro em fotos. Dá vontade de ficar apreciando, sem hora para sair. De bobeira mesmo...
Hamburgo foi duramente castigada pela 2ª Guerra Mundial. Muitos prédios foram reconstruidos, mas percebe-se claramente o original, da parte reconstruida. Muitos prédios na Alemanha nem foram reconstruidos; apenas construiram uma parede e desenharam o que seria a fachada original, tamanha a destruição. Isto nos impressionou muito. E as vidas humans que se foram... Enfim, os horrores das guerras permanecerão para sempre, acredito.
Hamburgo tem um dos maiores portos do mundo, então fomos lá conhecer. Realmente é de admirar. Nunca vi nada igual nem em fotografia nem em filme. Aproveitamos para conhecer um pequeno bairro, muito charmoso, de ruas estreitas e ígremes, com pequenas casas de janelas com cortinas românticas e flores por todos o lados, bem perto do Rio Elba. Parecia cenário de filme, principalmente ao por do sol. Dá até vontade de morar lá, naquela tranquilidade... Interessante é que os carros só trafegam até determinado ponto, na subida para o bairro, devido ao traçado das ruas. A maior parte do trajeto tem que ser feito à pé pelos moradores. Isto é muito bom, embora não seja nada prático.
Passamos também para conhecer um famoso bairro de vida noturna intensa, o Saint-Pauli. Lá se encontram as casas de shows noturnos, cinemas, pubs, bares, restaurantes e casas de prostituição. Foi neste bairro que os Beatles começaram sua carreira. Quem diria!
Saindo do profano, fomos conhecer a Catedral de São Miguel, Igreja Gótica, etc. Conhecemos a Estação Central, onde passávamos caminhando para ir ao centro. Muito interessante a arquitetura que vimos de um prédio em forma de um grande navio. Incrível, parecia mesmo um navio ancorado na rua... ainda mais que a parte da frente do "navio" fica em uma esquina. Coisa de arquiteto.
Bom, também em Hamburgo vimos o que foi possível. No dia seguinte, bem cedo partiríamos para Colônia, passando por Bremen. Como sempre, "contando tudo".

Alemanha - Berlim




Depois dos imprevistos e da chegada ao hotel em Berlim saímos para almoçar e conhecer a cidade, ou uma pequena parte dela. Tentamos um city tour, em um ônibus para turista, por nossa conta e risco, mas não tínhamos guia falando espanhol. Desistimos.
Começamos nosso "tour", particular e à pé, pela Catedral de Berlim (antiga catedral da Corte da Prússia), cujos adornos, cúpula e torres oferecem um ar majestoso. É uma catedral bastante grande, cabendo em seu interior 1600 pessoas. Fica bem pertinho do nosso hotel, quase às margens do Rio Spree, que atravessa a cidade. Mais à frente e à direita da catedral fica uma torre alta, de TV.
Fomos caminhando pela cidade, na Av. Unter den Linden até a Pariser Platz, também próximo ao hotel e encontramos o famoso Portão de Brandenburgo. Erigido entre 1788 e 1791 tem uma longa história desde este período. Na parte superior do Portão, o carro da vitória, em bronze, puxado por quatro cavalos. É um tipo de arco do Triunfo. Meu interesse maior, desde muito tempo, era conhecer o Portão, mais pelo fato político histórico que ele representou (e representa), por ter sido o marco da separação em duas cidades, através do Muro de Berlim, até 1989, quando se deu a reunificação das duas Alemanhas, oriental e ocidental. O Portão de Brandenburgo é o símbolo da cidade. Claro que me emocionei. Tive que colocar as mãos em suas colunas. Eu estava ali. Fantástico!
Infelizmente, não vimos a East Side Gallery, como é conhecido o pedaço, último vestígio, do muro de Berlim, todo grafitado. Bem que tentamos, mas ficava longe de onde estávamos.
Avistamos ao longe, bem longe, pela avenida que margeia um parque público, por sinal lindíssimo, a estátua dourada do Anjo da Vitória, ou Coluna da Vitória, que já havia visto fotos e a reconheci imediatamente. Lembro-me que apontei falei: olha lá, a Coluna Vitória! Vamos lá! É, brasileiro é bobo mesmo... Esta coluna foi celebrizada também no filme "Asas do Desejo".
A coluna foi erigida por ordem do Imperador Guilherme I, para comemorar as vitórias militares da Prússia sobre a Áustria, Dinamarca e França entre 1864 e 1871. Tem quase 67 metros de altura; no seu topo fica a estátua de 5 metros, a deusa da vitória militar. O obelisco foi originalmente erigido no Reichstag, mas desde 1937 se encontra na Strasse 17 Juni.
Fizemos o percurso de volta por dentro do parque, até próximo ao Palácio Reichstag, ou seja, o parlamento federal da Alemanha. Este parlamento foi construído no período de 1884 a 1894. Sua cúpula foi composta de aço e vidro, técnica avançada para a época. Tem em seu passado uma longa história de quase 120 anos, que vale a pena conhecer, inclusive de ter sido destruido pelo fogo, por um comunista, à epoca de Hitler.
Estava já cansada de caminhar, mas iríamos continuar indo para o lado oriental de Berlim, conhecer a Alexanderplatz, uma das praças mais famosas e no coração da Berlim oriental.
Seu nome foi em homenagem à visita do Czar Alexandre I, em 1805. Foi destruida na 2ª Guerra Mundial. Durante os anos 60, quando vigorava o comunismo, ganhou novas construções e após a queda do muro, novos prédios foram contruidos, mas destoando da estética anterior, comunista, que a caracterizava. Nesta praça, imensa, por sinal, vimos o Rotes Rathaus (Prefeitura), construida em estilo renascentista e também destruida pela guerra. Posteriormente foi reconstruida, quando se tornou a sede das autoridades da Berlim Oriental. A cor dela é vermelha (daí o nome Prefeitura Vermelha) em alusão ao comunismo. Quase em frente, há uma fonte, com a estátua de Netuno. Claro que serviu de cenário para fotos.
Berlim é uma cidade bonita, limpa, muito arborizada, com avenidas largas e bem cuidadas.
Muita coisa não tivemos tempo de ver, como a Ilha dos Museus, inclusive o Pergamon, que é um museu arqueológico, Palácios e Parques de Potsdam, etc.
Quem sabe um dia voltarei?
Mas agora é hora de seguir viagem para Hamburgo. Tivemos uma grata surpresa. Nesta vida, como nas viagens, é assim: as coisas ruins são intercaladas com as coisas boas. Já passamos pelo imprevisto, que foi ruim, agora veio uma boa surpresa. Estarei "Contando Tudo".
Fotos:
1 - Vista aérea de Berlim (postal).
2 - Coluna da Vitória e nós na fita.
3 - Portão de Brandenburgo.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Viagens e muitas "viagens" - Alemanha


Conheci muito pouco o sul da Alemanha, em uma viagem que fiz ao Leste Europeu. Fiquei encantada com a beleza das paisagens e prometi a mim mesmo que voltaria. E voltei.
Cláudia e eu começamos a planejar a viagem. Escolhemos um roteiro vasto, mas muito interessante.
Começaríamos por Berlim, depois Hamburgo, Bremen, Colônia, Vale do Rio Reno, Ruchensteim, Frankfurt, Heidelberg, Strasburg (França), Dorbirn (Áustria), Lagos Titisee, Bodensse e Constance, Lindau, os Castelos da Baviera, Ethal, Oberammergau e, para finalizar, Munich. Uma longa viagem, começando pelo Nordeste da Alemanha, Norte, Noroeste, Oeste e depois o Sul.
Saímos de Belo Horizonte para São Paulo, e de lá, para uma escala em Paris. Viajamos pela TAM. De Paris a Berlim, pela Air France.
Depois de um "chá de aeroporto", muito comum em viagens, quando finalmente iríamos partir, a TAM resolve que sairíamos em um vôo do Rio de Janeiro. Os argumentos não conveceram a ninguém. Houve muitas discussões, revoltas e um atraso de mais ou menos quatro horas.
Voamos, finalmente, rumo a Paris. O vôo não foi nada tranquilo. Uma turbulência muito violenta assustou todo mundo. Houve muita gritaria, pessoas sentido-se mal... Não sei como meu coração aguentou. Custei a me recuperar, pois o medo de voar sempre me acompanha.
Ghegamos em Paris, no aeroporto Charles de Gaulle, por sinal, imenso... mas bem sinalizado.
As peripécias da viagem não acabaram por aí. Nosso vôo para Berlim estava prestes a sair. No guichê da TAM nos informaram que talvez não chegássemos a tempo de embarcar, justamente pela distância que estávamos dali até o portão de embarque. Desistimos. Remarcamos as passagens para o dia seguinte. Resultado: tivemos que dormir em um hotel, um pouco distante do aeroporto, mas muito mais distante do centro da cidade. Evidentemente, que a TAM arcou com os custos do traslado, hotel e jantar. Teria que ser assim mesmo, claro.
Mas e as nossas bagagens? Desde o início, sabíamos que nossas bagagens iam direto para Berlim, mas àquela altura não tínhamos certeza de mais nada. Perdemos totalmente o controle delas. Ficamos só com a bagagem de mão e improvisando tudo para aquela noite. Li em algum lugar que é sempre bom levar na bagagem de mão alguma roupa e coisas que podemos precisar no caso de uma eventualidade. Serviu muito para nós esta dica.
Estávamos muito cansadas e dormimos logo após o jantar.
No dia seguinte saímos bem cedo do hotel e finalmente pudemos voar!
Chegamos a Berlim em torno de 10:30 da manhã. O dia estava lindo. Fomos de táxi para o hotel, pois não tínhamos traslado. Cabe dizer que o hotel era maravilhoso. Cinco estrelas e muito bem localizado. No coração de Berlim. Algumas semanas depois minha sobrinha Paulinha, assistindo a um filme, "Contrato de Risco" identificou este hotel, como cenário de algumas tomadas do filme. Ela havia visto minhas fotos do hall de entrada, onde há um aquário gigante, de 25 metros de altura. É de impressionar.
Estávamos em Berlim, mas infelizmente perdemos o "city tour". Restava apenas uma tarde e um pedacinho da noite para conhecermos Berlim e ... sozinhas... No dia seguinte pela manhã iríamos para Hamburgo. O importante é não stressar e correr atrás do prejuízo. Foi o que fizemos. Berlim tinha muito mais coisas do que conseguiríamos ver, claro. Vou contar como foi.
Em tempo: como Cláudia, minha amiga e companheira de viagem não está mais entre nós, ainda assim pretendo postar no blog algumas fotos nossas, em homenagem póstuma a ela.
As lembranças são muitas.