sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Viagem e muitas "viagens" Argentina - Buenos Aires



De volta a Buenos Aires
Passei um loooongo tempo sem viajar. Confesso que não me faltou vontade... nem sonhos! Importante é que surgiu uma oportunidade de voltar a Argentina, em Buenos Aires. E lá fomos nós: Maria Clara, Vera Lúcia, Carlos e Ione e eu.
Preparamos tudo rapidinho. Estava feliz em viver de novo aquela nostalgia do tango... Buenos Aires é assim cheia de charme. Voltaria quantas vezes fosse possível, para curtir a cidade por inteiro, sua música, os dançarinos que se apresentam nas ruas, caminhar pela cidade, de bobeira... Essas coisas simples e boas da vida.
Retornei ao Bairro La Boca, meu lugarzinho preferido, onde passamos a tarde inteira bebericando e saboreando uma deliciosa parrilla, ouvindo tango e outras milongas. Passamos pelo estádio do Boca Júnior; fomos ao bairro San Telmo, aquelas coisas que todo turista faz... Caminhamos muito pela ruas Florida, Lavalle, Corrientes; Plaza de Mayo, onde está a Casa Rosada, a Catedral Metropolitana, etc
Passeamos pelo Puerto Madero, almoçamos uma comida deliciosa por lá, no restaurante Donata.
E um passeio de Barco, que tal? Vamos nessa! Iniciamos o passeio a partir da estação Retiro, pelo Trem da Costa, em um bonde que parte da estação ferroviária de Maipu, margeando a costa do Rio da Prata. Depois de alguns minutos chegamos ao Delta do Tigre, ao norte da cidade para o passeio em um catamarã. O Delta do Tigre é uma região formada pelo Rio Tigre e diversas ilhas e canais. Fomos curtindo a natureza e a beleza às margens do rio, embora a água estivesse escura, barrenta, eu diria. A viagem deve durar em torno de quarenta minutos, mais ou menos, tempo necessário para um lanchinho, umas fotos... aquela curtição.
O ponto de chegada é um parque com diversos clubes desportivos, restaurantes e parques de diversão.
Todo turista que se preza não pode deixar de assistir a um show de tango. Não poderia ser diferente com a gente, né? À noite fomos nós lá, na Esquina Carlos Gardel. Esta casa foi erguida em 1893 e, parece, funcionava anteriormente um restaurante neste lugar. Seu interior é refinado na decoração; tudo de bom gosto e luxo e o mais importante: nos tranporta para os anos trinta, quarenta... Puro glamour! Foi servido um jantar antes do show. Vidinha boa esta...
Há tanta coisa para se ver em Buenos Aires... Passamos por parques imensos e bem cuidados. Há uma praça que se chama Plaza de las Naciones Unidas, onde há uma curiosa flor metálica situada entre o espelho d'agua. Esta flor possui um dispositivo elétrico em que as pétalas abrem e fecham automaticamente, dependendo da hora do dia e da condição do tempo. Muito curioso.
Buenos Aires pode ser o paraiso das compras, devido à diferença de câmbio. E sempre que se tem oportunidade de passar pelo Duty Free, costuma ser uma boa pedida para quem adora umas comprinhas... Perde-se a noção do tempo nestes lugares e o vôo, como aconteceu com a gente. Tivemos que remarcar as passagens, para dali a duas horas, em São Paulo, de volta para Belo Horizonte.
Chegamos fazendo planos de viajar novamente.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Holanda - Amsterdã




Chegamos em Amsterdã à tarde. Pela localização do hotel em que nos hospedamos, dava para percorrer alguns pontos da cidade à pé, além, claro, de poder ver os canais e os pequenos prédios, estreitos, colados uns aos outros e revestidos de tijolinhos. Uma graça!
Fizemos um tour de barco para apreciar a cidade, que é plana e bela. As bicicletas são o meio de transporte mais comum. Há que se tomar cuidado, pois são centenas e centenas delas por todos os lados.

Em Amsterdã cada um vive o estilo que bem quer, civilizadamente. É a terra de cada um na sua. É a cidade da liberdade. Vê se de tudo. Jovens com roupas e cabelos coloridos. Tudo ou quase tudo é normal, até fumar maconha, uma vez que não é proibido.
No coração de Amsterdã está a Praça Dam, onde a cidade nasceu. O próprio nome Amsterdã é uma junção de Amstel, que é o nome do rio local, e Dam (dique). A cidade está abaixo do nível do mar, daí a necessidade de ter sido construido muitos diques.

Uma visita imperdível é o museu Van Gogh, que embora este pintor não tenha nascido em Amsterdã, a família decidiu criar o seu museu lá. São mais de 200 pinturas e quase 500 desenhos. Claro que fiquei bastante emocionada em conhecer de perto as obras mais importantes dele. Só pelo museu já terá valido a viagem, com certeza.

Numa próxima viagem, espero visitar outros museus como o Rijksmuseum (para ver as obras de Rembrandt) e o Stedelijkmuseum. Está nos meus planos e nos meus sonhos.

Visitamos também a Casa de Anne Frank, onde sua família, judia, se escondeu da perseguição alemã, por mais de dois anos. Foi lá que Anne escreveu seu diário, onde descrevia os dias de isolamento e o medo de serem encontrados. A casa se transformou em museu; entre dezenas de objetos, o manuscrito do "Diário de Anne Frank".

As famílias que lá viviam foram delatadas; o esconderijo descoberto e Anne foi para o campo de concentração, vindo a falecer pouco tempo depois de ter deixado o campo, em março de 1945, de tifo, em Bergen-Belsen.

O diário de Anne foi traduzido algum tempo depois, em mais de cinquenta idiomas. Fiquei muito impressionada quando o li, ainda na minha adolescência, mas não me lembrava que os fatos se passaram em Amsterdã.

Gostei de Amsterdã. Muitas flores, principalmente as coloridas tulipas; por todos os lados há cores fortes, que inspiraram as pinturas de Van Gogh.

Até um dia, Amsterdã!

Nossa viagem termina aqui. Voltamos felizes. Com muitos casos para contar e pouca gente disposta a ouvir... Só quem se interessa mesmo por viagens gosta de saber das peripécias de quem se aventura... Estou me vingando e ... CONTANDO TUDO.
Fotos: Canais de Amsterdam.

República Tcheca - Praga




A República Tcheca é outro pais que tinha muita curiosidade em conhecer. Claro que precisaria de muito tempo para conhecer tudo e, como isto é quase impossível, visitamos muito pouco, somente sua capital, Praga.
Historicamente, após a I Guerra Mundial os Tchecos e os seus vizinhos eslovacos se juntaram e fomaram a república independente da Tchecoslováquia (1918); na II Guerra Mundial o pais ficou sob o domínio da União Soviética, período que durou até 1989.
Em 1993 separou-se em dois, resultando em paises independentes: República Tcheca e Eslováquia.
Chegamos em Praga e não é que lembrei que fazia 30 anos da "Primavera de Praga"? Pura coincidência! A lembrança desta expressão ficou (e ainda fica) em minha memória por décadas. Vale lembrar que a "Primavera de Praga", assim conhecida, foi um levante contra o domínio da União Soviética, iniciado em janeiro de 1968. Objetivava maior liberdade econômica de de expressão, mais direitos aos cidadãos, mais democratização. Enfim, estavam interessados em promover mudanças na estrutura política, econômica e social do pais.

Em respostas a estas reivindicações, a União Soviética mandou tanques do Pacto de Varsóvia invadirem Praga (agosto de 1968). Em poucas horas os russos conseguiram uma ocupação total. Seguiu-se uma onda de greve, mas o regime de partido único continuou a vigorar.

Vimos um muro em Praga, onde os estudantes desta época deixaram suas mensagens de protestos e mudanças. Este período (1968), como todo mundo sabe, foi um ano marcado por protestos e pedidos de mudanças em muitos paises do mundo. É um ano já marcado pela história.

Praga é, sem dúvida, uma cidade linda, que o comunismo escondeu por um bom tempo. Mas aqui estamos nós para apreciar sua beleza.

Começamos pelo Castelo, o maior de todos eles; tem mais de meio quilômeto de extensão; é como se fosse um pequeno bairro, com ruas, alamedas, muitos becos e muitas histórias. Atualmente é a sede do governo.

Caminhamos por boa parte do Castelo, pela Catedral de São Vitor (a mais rica de Praga), pela Linha do Ouro, ruela onde ficavam os ourives do Castelo (e, dizem, os alquimistas), pela casa de Kafka, a de nº 22 desta rua. Do Castelo, tínhamos uma visão muito boa, para apreciar uma parte da cidade e tirar fotos de telhados, por sinal, lindos!

Do outro lado do rio fica a Praça da Cidade Velha. Os prédios ao redor da praça têm quase todos o mesmo tamanho, mas de variados estilos arquitetônicos . Bem à frente tem uma igreja - Igreja de Nossa Senhora de Tyn. Interessante que, para entrar nessa igreja é preciso atravessar um prédio, que tem até um bar.

Em um dos prédios desta praça morou por algum tempo Albert Einstein, quando desenvolveu a Teoria da Relatividade. Franz Kafka era frequentador assíduo de um café nesta praça.
A lembrança que me ficou desta praça, além, claro, de apreciar a sua beleza, é de estar tomando uma cerveja - que eles têm tradição em produzir - nesta praça, com um por de sol lindíssimo

Inesquecível esta tarde em Praga! Há mesas nas calçadas, o que torna a praça mais charmosa ainda. Tão logo chegamos em um dos bares e nos sentamos, veio o garçom. Uma das pessoas que estava em nosso grupo, aquela senhora simpática que eu já mencionei, pediu em bom português: voce traz uma cadeira prá gente colocar as bolsas? e um copo d'agua, por favor. Rimos muito. A língua do país é qualquer coisa impossível de tentar compreender ou ler. Economizam muito as vogais. Dizem que até as crianças que nascem lá, têm dificuldade em aprender, pode?

Caminhamos o dia todo pela cidade. Afinal, o tempo era curto e precisávamos ver ainda muita coisa. Chegamos ao complexo da antiga Prefeitura, onde está o relógio astronômico. Esperamos a hora cheia para apreciar, nesta torre do relógio, a movimentação dos doze apóstolos e outros personagens. Muito interessante. A pracinha fica cheia de turistas e parece que eles adoram.

Em frente ao centro da praça há a estátua do mártir reformador Jan Hus, morto na fogueira (um século antes de Lutero, já denunciava a corrupção do clero)

Descemos por ruas estreitas e cheias de lojinhas e bancas nas calçadas. Finalmente, estávamos em uma das pontes mais famosas do mundo: a ponte Carlos IV, uma espécie de museu ao ar livre. Há trinta grupos de esculturas ao longo de 516 metros de comprimento da ponte. Profissionais e turistas disputam os melhores ângulos para fotografar.

Na verdade são várias pontes sobre o Rio Moldava. Sabe que faz lembrar Paris?

Fomos ao cemitério dos judeus. Impressiona pela história triste da ocupação nazista. Lenda ou não, ficamos sabendo que neste cemitério não nasce nenhuma flor.

Visitamos a Igreja Nossa Senhora das Vitórias, onde está a imagem original do Menino Jesus de Praga, famosa no mundo todo e onde os devotos visitam, para pedir ou agradecer graças alcançadas.
Seguimos viagem. Deixamos para trás a secular Praga e seus encantos. Deixamos a pátria de Kafka, Dvorák, Rilke. Fomos para a Holanda, mais precisamente, em Amsterdã.
Foto: Vista de Praga.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Hungria - Budapeste - Cont.

Em Budapeste começamos por conhecer a Praça dos Herois - que é um dos cartões postais da cidade. Esta praça sempre foi palco de manifestações políticas e culturais, especialmente na era comunista. No meio da praça ergue-se o obelisco de 36 metros de altura, rodeada por estátuas equestres que representam herois nacionais.
As duas construções mais representativas da praça são dois museus: a Sala de Exposições e o Museu das Belas Artes, com pinturas de Raffael, Rembrandt, Greco, Velázquez, Goya, etc. Infelizmente não entramos no museu...
Conhecemos pouco a cidade, mas me chamou a atenção o prédio do Parlamento, às margens do Rio Danúbio. Pela suntuosidade da fachada, imagina-se o que há em seu interior. Vale dizer que ele foi construido em um terreno de desessete mil metros quadrados; é o maior edifício da Hungria e o segundo maior parlamento da Europa. Estima-se que foram gastos em seus alicerces 40 milhões de tijolos, meio milhão de pedras preciosas e 40 kg de ouro.

Há uma parte deste edifício que pode ser visitada em grupos organizados. Daria tudo para vê-lo por dentro, pois as fotos de seu interior são lindíssimas.

Na coluna do castelo, na Praça da Santíssima Trindade ergue-se a Igreja de Matias. A Igreja chamava-se Nossa Senhora de Buda, mas o rei Matias (séc. XV) mandou acrescentar seu nome à torre - Torre de Matias (por ter sido o seu fundador) e logo passou seu nome para toda a igreja .

Bastião dos Pescadores - onde é hoje o chamado Bastião dos Pescadores, existia uma fortaleza pequena, defendida pela corporação dos pescadores de Buda; ele foi reconstruido e já há muito tempo tornou-se uma atração turística. É composto de cinco torres e a torre pincipal tem diversos andares: representam as tribos magiares, que formaram a Hungria.

O Bastião dos Pescadores abraça um monumento equestre de 1906, que é a estátua do santo e rei Estêvão, que fundou o reino da Hungria (foto).

Do terraço tem-se uma vista lindíssima da cidade. Foi lá que paguei um mico: havia muitos turistas no local e eu me perdi do "nosso" pequeno grupo. Resolvi, então, subir as escadas que me levariam ao terraço. Quando me reecontrei com o grupo, perguntei porque demoram tanto a subir e elas responderam que estavam pagando... Pagando? "É... tem que pagar para subir ao terraço", responderam. Paguei foi mico. Nem sabia disso. Deixa prá lá... ninguém me barrou! Fotografei a cidade lá de cima e de graça; a cidade dividida pelo Rio Danúbio e as pontes unindo-as. Muito romântico... Pensa...

Conhecemos em uma tarde o famoso "Café e Restaurante New York". Esplendoroso! Chiquérrimo, muito grande (vários ambientes), rico, muito iluminado com lustres imensos. Por lá já passaram dezenas de famosos, como o diretor de cinema George Czukor, o cineasta Alexander Korda, o comediante Harold Lloyd, Pelé, etc. e nós, pobres mortais anônimos. Este café existe desde 1894. Vale uma relaxada por lá, para curtir a beleza do ambiente. Apenas por isto, pois a cidade tem muito mais a oferecer.

À noite fomos em um show, destes para turista ver... Estava muito bom. Danças e músicas típicas, muita comida e bebida, os turistas tentando dançar também. Aquela farra! O estilo das músicas lembra músicas ciganas, lindas.

Após o show, já era noite alta e, "alegres", fomos de barco percorrer um pedacinho do Danúbio. O barco não era lá nenhum primor de conforto, mas valeu a majestosa paisagem das luzes das construções às margens, refletindo no rio. Enquanto isto, ouvíamos a música "Danúbio Azul" e tomávamos champagne. Vida que pedi a Deus! Se o mundo tivesse acabado alí, teria valido a pena viver...

Foi assim nossa passagem por Budapeste.

POVOADO DE SANTO ANDRÉ

Saimos de Budapeste, passando por uma pequena cidade, muito antiga nos arredores de Budapeste, chamada Santo André, bem à margem do Danúbio. É rodeada por montanhas. Um ambiente bem pitoresco. Tem fama de ser a aldeia dos artistas húngaros, pois a maioria dos pintores, escultores e atores vive lá.

Fomos a uma feira de artesanato, que se estende pela rua. Interessante. Havia também bancas com muitas variedades de pimentas, algumas totalmente desconhecidas para nós.

De lá, seguimos rumo a República Tcheca - Praga.

Hungria - Budapeste

Quando decidimos o roteiro desta viagem, e constava a Hungria, me aguçou a curiosidade de passar por um pais que viveu por mais de quatro décadas sob o domínio do regime comunista (1945 a 1989).
Vale lembrar um pouco a história: em 1568 a Hungria perdeu 2/3 de seu território. A parte restante passou para o domínio dos Habsburgos da Áustria. No período em que Franz Josef era imperador da Áustria, a Hungria objetivava sua independência. A solução para o impasse resultou em um acordo entre as duas nações, oportunidade em que se formou o império austrohúngaro (1867), dissolvido com o fim da I Guerra Mundial, período de grande instabilidade, cuja origem era a aliança com a Alemanha.

Com a eclosão da II Guerra Mundial, a União Soviética revelou-se mais forte, expulsando as forças gernano-húngaras, abrindo caminho à implantação do regime comunista, em 1945 e seu fortalecimento em 1949. Este período durou até o fim do regime comunista, em 1989 (queda do muro de Berlin). A hungria aproveitou a oportunidade para "libertar-se" daquele regime.

Quando viajamos havia menos de uma década do fato ocorrido. Isto quer dizer que o pais ainda estava se reestruturando, inclusive para receber o grande volume de turistas que se interessou em conhecer o pais. As marcas do comunismo ainda estavam muito fortes nas mentes e corações do povo húngaro.

Fomos a Hungria com o objetivo de conhecer sua capital: Budapeste.

Budapeste é uma cidade grande, às margens do Rio Danúbio; foi fundada em 1873, com a fusão das cidades de Buda e Ôbuda, na margem direita do Danúbio e Peste, à margem esquerda.

Estas cidades já existiam desde muito tempo; Ôbuda (Velha Buda) desde 89 a.C; Buda, 1241 e Peste, formada no ano de 106 ao século IV, mas a fusão das tres cidades só ocorreu em 1873, após várias tentativas anteriores (e revogadas). Buda era a capital da Hungria até então.
Foto: Budapeste.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Áustria - Viena - cont.


Viagem só tem graça de tiver "micos" para a gente rir depois. Foram alguns, inclusive meu.
Como viajamos de pacote, ou excursão, sei lá, (nunca sei a diferença), ficamos conhecendo duas pessoas de São Paulo: uma delas, médica pediatra e outra, gerente de um banco, e uma senhora, já idosa, muito animada e simpática, de Niterói, que viajava sozinha. Havia também um senhor de meia idade, argentino, que aos poucos se agregou ao nosso grupo e saia, esporadicamente, conosco.

Nosso hotel, embora muito bom, ficava um pouco distante e tínhamos que usar uma condução para ir até o centro. Optamos por um bondinho, que trafegava próximo ao hotel.
O problema é que não havia o bendito trocador. Não sei se alguém orientou, ou se deduzimos; mas o fato é que tínhamos que colocar moedas em um recipiente fixo, que havia bem atrás do condutor. Só que as moedas deslizavam e nós as tirávamos de volta. Tentamos algumas vezes, mas não deu certo. Retirei todas, às escondidas, guardei-as comigo e fiquei calada, sem comentar nada. Um tempo depois, já andando pela cidade, comentavam o ocorrido, e quando achavam que as moedas, finalmente, tinham ficado, disse: viajamos de graça; as moedas estão aqui. Morremos de rir.

Mas o mico maior estava por vir: tínhamos a "Opera", como ponto de referência e não nos perder, quando chegássemos ao centro. Quando avistamos o prédio, uma das pessoas do grupo (de São Paulo), ao invés de acionar o sinal do bonde para parar, aciona o sinal de alarme (ambos ficam próximos e é fácil confundir).

O bonde parou imediatamente, e um alarme, ao estilo de sirene, tocou muito alto. Alguns segundos depois começaram a chegar seguranças, ou policiais, não sei. Um alvoroço que nunca vi antes. Descemos rapidinho, morrendo de vergonha, e, a passos largos, subimos a rua sem olhar para trás. Só ouvi a autora da façanha, se desculpar com o condutor, em inglês.
Pagamos mais alguns micos, aliás, um atrás do outro e nos divertimos muito. Hoje em dia nem ligo mais para eles. Acho normal. Afinal, que culpa tivemos nós, em nascer num país pobre e subdesenvolvido?

Deixamos a bela Viena (e a Áustria) para trás... Seguimos para a Hungria, em Budapeste.
Fotos:
1 - Bonde de Viena (internet)
2 - Ópera de Viena (internet).

Áustria - Viena - cont.

A HISTÓRIA DE SISSI

Elizabeth (Sissi, para os irmão) era filha da Duqueza Ludovika da Baviera; fazia parte da nobreza alemã. A família veio de Munique para Viena, se encontrar com o Imperador da Áustria Franz Josef. Elizabeth iria conhecer seu futuro noivo, que partira de Salzkammergut com o mesmo propósito.
Os dois jovens se conheceram naquela tarde de verão e se apaixonaram. A Áustria iria ganhar uma nova imperatriz. Todos comentavam sua beleza. Era amada pelo povo. Como num conto de fadas, o casamento foi cheio de pompas, com carruagens, bandas, as cidades enfeitadas. Dizem que que foi um dos espetáculos mais suntuosos que a Áustria já viu.
Com apenas 16 anos, aprendendo tantos protocolos, a imperatriz ficava exausta e, sentido falta de liberdade, começou a entristecer.
Dois meses depois ficou grávida de Sophie. A avó, mãe do Imperador, achando que ela era muito nova para educar o bebê, tomou-o de Elizabeth. Foi assim também com os outros dois filhos, Gisela e Rudolf.
Revoltada e triste, retirou-se para a ilha da Madeira. Estava solitária e com saudade de casa, mas também longe da tirania da sogra. Franz Josef, embora ausente e sempre ocupado, lhe era devotado; escrevia-lhe todos os dias.
Sissi viajou muito, pois a corte vienense era um fado para ela.
Com o império enfraquecido, por um conflito com a Prússia, a Hungria que pertencia à Áustria, sonhava em separar-se. Sissi sabendo que era adorada pelos húngaros, via no marido o homem ideal para trazer a paz entre as duas nações. Nascia, então, a Monarquia Dual. Foram coroados reis da Hungria e a integridade do império ficou intocável.
Pouco tempo depois, nasce a última filha do casal: Valerie. Sissi continuava viajando, para esquecer as tragédias ligadas à sua família: a morte da pequena Sophie, em 1857; em 1867, o irmão de seu marido (imperador mexicano) foi deposto e fuzilado; seu primo, que ela gostava muito, o Rei Ludwig II da Baviera afogou-se em seu lago, em 1886. Para completar tanta tragédia, seu filho Rudolf resolvera se matar. Sissi recebeu dele uma comovente carta de despedida. Sissi jamais se recuperou desta perda. Viveu cada vez mais isolada e só se vestia de preto.
Em 1898, Sissi estava em Genebra, no cais do porto, para viajar a Montreaux, quando o anarquista italiano Luigi Lucheni (que a espreitava há dois dias) enfiou-lhe um estilete em seu peito, matando-a.
Franz Josef morreu 18 anos depois, sem nunca ter esquecido a amada, e escreveu: "O tempo passa, mas a dor permanece".

Foto: Imperatriz Elizabeth (internet)

Áustria - Viena - cont.

Se estivesse escrevendo um livro, escreveria que Viena merece um capítulo à parte.
Sua rica história começou na antiguidade com os acampamentos romanos, alcançando o ápice durante o reinado dos Habsburgos (1273 a 1918).
Com o colapso do império de Napoleão (1814), Viena tornou-se o centro da Europa.
Viena foi sempre a capital da música. Desde o século XII já era um centro de produção musical; no século XVIII acolheu os maiores nomes da música clássica, como Haydn, Mozart e Beethoven. Depois foi a vez de Shubert, Brahms e Mahler. Hoje, o palácio mais importante de Viena é a "Ópera", erigido pelo imperador Franz Josef, entre os anos 1861 e 1869. Foi inaugurado com a obra de Mozart "Don Juan". É um prédio grande, imponente. Para nós, pobres mortais, servia de referência em nossas andanças pela cidade. Evidentemente, não deixamos de apreciá-lo.
Pelos jardins e parques da cidade estão alguns monumentos em homenagem a seus músicos.
O charme de Viena concentra-se de maneira particular no centro histórico, onde está a majestosa Catedral de Santo Estêvão. À sua frente está a Stephansplatz, uma praça que funciona como o centro nervoso da cidade, com lojas, cafés, restaurantes e muita gente circulando. As pessoas são elegantes, bem vestidas. Apesar da grande circulação de pessoas, a cidade é limpíssima. Há carruagens passeando com os turistas pelas ruas hitóricas. A sensação é que a gente está em uma cena de filme. Tudo parece tão longe da nossa realidade aqui no Brasil...
Tivemos oportunidade de ver a igreja mais antiga de Viena, a de San Pedro, e um dos palácios barrocos mais famosos, o palácio Belvedere, com seu suntuoso jardim. Este palácio serviu de residência do príncipe Eugênio de Savoia.
Bom, fizemos um tour pela cidade. Deu para ver bastante coisa. Tudo muito lindo.
À cerca de seis quilômetos do centro, encontra-se o Palácio Schönbrunn. Este palácio guarda uma história de amor, pois foi lá que morou por alguns anos, Sissi. Quando visitamos o palácio, fazia 100 anos da morte trágica de Sissi, a imperatriz Elizabeth, casada com Franz Josef. Por este motivo estavam em exposição objetos pessoais do casal imperial; muitas lojas vendendo souvenir e chocolates com estampa deles, enfim, a cidade se movimentava, aproveitando também as comemorações, embora tristes, pois o povo a amava. Neste palácio, pudemos ver também os aposentos de Sissi e o imperador; onde dormiam, faziam as refeições, etc. Um luxo só! Foi tudo muito emocionante, pois a vida do imperador e de Sissi virou filme - uma trilogia: "Sissi" "Sissi, a Imperatriz", e "Sissi e Seus Destinos" , que eu assisti, ainda adolescente.
Vale lembrar um pouco esta história. Em outro "capítulo".
Foto: Romy Schneider ( como Sissi) e Karlheinz Böhm (como Franz Josef), no filme "Sissi, a
Imperatiz". (Foto internet).

Áustria - Viena - cont.

Se estivesse escrevendo um livro, escreveria que Viena merece um capítulo à parte.
Sua rica história começou na antiguidade com os acampamentos romanos, alcançando o ápice durante o reinado dos Habsburgos (1273 a 1918).
Com o colapso do império de Napoleão (1814), Viena tornou-se o centro da Europa.
Viena foi sempre a capital da música. Desde o século XII já era um centro de produção musical; no século XVIII acolheu os maiores nomes da música clássica, como Haydn, Mozart e Beethoven. Depois foi a vez de Shubert, Brahms e Mahler. Hoje, o palácio mais importante de Viena é a "Ópera", erigido pelo imperador Franz Josef, entre os anos 1861 e 1869. Foi inaugurado com a obra de Mozart "Don Juan". É um prédio grande, imponente. Para nós, pobres mortais, servia de referência em nossas andanças pela cidade. Evidentemente, não deixamos de apreciá-lo.
Pelos jardins e parques da cidade estão alguns monumentos em homenagem a seus músicos.
O charme de Viena concentra-se de maneira particular no centro histórico, onde está a majestosa Catedral de Santo Estêvão. À sua frente está a Stephansplatz, uma praça que funciona como o centro nervoso da cidade, com lojas, cafés, restaurantes e muita gente circulando. As pessoas são elegantes, bem vestidas. Apesar da grande circulação de pessoas, a cidade é limpíssima. Há carruagens passeando com os turistas pelas ruas hitóricas. A sensação é que a gente está em uma cena de filme. Tudo parece tão longe da nossa realidade aqui no Brasil...
Tivemos oportunidade de ver a igreja mais antiga de Viena, a de San Pedro, e um dos palácios barrocos mais famosos, o palácio Belvedere, com seu suntuoso jardim. Este palácio serviu de residência do príncipe Eugênio de Savoia.
Bom, fizemos um tour pela cidade. Deu para ver bastante coisa. Tudo muito lindo.
À cerca de seis quilômetos do centro, encontra-se o Palácio Schönbrunn. Este palácio guarda uma história de amor, pois foi lá que morou por alguns anos, Sissi. Quando visitamos o palácio, fazia 100 anos da morte trágica de Sissi, a imperatriz Elizabeth, casada com Franz Josef. Por este motivo estavam em exposição objetos pessoais do casal imperial; muitas lojas vendendo souvenir e chocolates com estampa deles, enfim, a cidade se movimentava, aproveitando também as comemorações, embora tristes, pois o povo a amava. Neste palácio, pudemos ver também os aposentos de Sissi e o imperador; onde dormiam, faziam as refeições, etc. Um luxo só! Foi tudo muito emocionante, pois a vida do imperador e de Sissi virou filme - uma trilogia: "Sissi" "Sissi, a Imperatriz", e "Sissi e Seus Destinos" , que eu assisti, ainda adolescente.
Vale lembrar um pouco esta história. Em outro "capítulo".

Áustria - Innsbruck e Graz




Innsbruck é a capital do Estado do Tirol. É atravessada pelo Rio Inn, de onde tem o seu nome. Bruck significa ponte. Daí o nome: Ponte do Rio Inn.
É conhecida também por oferecer esportes de inverno(sediou as olimpíadas de inverno nos anos de 1964 e 1976). É uma cidade relativamente pequena, tem em torno de 120 mil habitantes e em sua parte central concentram-se os pontos turísticos mais interessantes. Dá para ser percorrida à pé. De quaquer canto da cidade é possivel apreciar a paisagem de tirar o fôlego: as montanhas alpinas.
Como estávamos bem próximo à fronteira com a Alemanha, fomos conhecer os Castelos Reais da Baviera. Neste "viajar" por estradas estreitas entres as montanhas, se descortinaram umas das paisagens mais lindas que já vi em toda minha vida... Ouvíamos uma música clássica bem suave... a emoção era grande demais! Só comparada à chegada à Viena. Eu já tinha desconfiado que na Europa não havia lugares feios, agora, tenho certeza.
Conhecemos os castelos, que falarei em uma outra oportunidade, em uma viagem que fiz pela Alemanha.
Almoçamos em uma pequena cidade bem ao sul da Alemanha, que não me lembro o nome, mas existia lá, casas imitando aquelas dos contos de fadas, castelinos com estátuas de personagens de histórias infantis nos jardins. A gente estava tão empolgada como criança. Viagem tem isto. A Alemanha é também o berço de escritores de histórias infantis, como os irmão Grinn, por exemplo.
Enfim, conhecer parte da Baviera era um espetáculo à parte.
Achei a região tão linda, que prometi a mim mesmo que um dia voltaria. E voltei. E mais uma vez, me emocionei. Conto isto depois.
Retornamos a Áustria. Agora, nos Alpes tiroleses. Incrivelmente maravilhoso. Não tem como não ser repetitivo, mas do alto, a vista é qualquer coisa deslumbrante na região de Zillertal. Pudemos fotografar alguma coisa. Pequenas cidades vistas do alto pareciam cartões postais, aquelas igrejinhas com as torres ponteagudas, de uma cor entre o vermelho e o marron, pequenas casas em volta... os vales... pequenos rios... e uma paz...
Conhecemos as cascatas de Krimml, as mais altas da Europa, de um ponto estratégico fantástico.
Chegamos em Zell am See, para iniciarmos a ascensão à montanha mais alta da Áustria, o Grossglockner. Subimos, subimos, contornando a montanha, em espiral, claro, por estradinhas bastantes estreitas, de ônibus. Olhar para baixo dava um certo medo. Ou muito medo. Um verdadeiro despenhadeiro... Chegamos em uma parte muito alta da montanha. Tudo era completamente branco de neve. Embora não estivéssemos com roupas adequadas para neve, o frio era suportável, porque não estava ventando nem nevando, era outono ainda. Não tínhamos como andar alí, sem afundar os pés e parte das pernas na neve. Foi tudo muito divertido! Aquela era a vida que eu pedi a Deus. Só alegria!
Descemos a montanha, com mais medo ainda, embora estivéssemos, claro, em segurança. Para lá, vão turistas, sempre. Não estávamos em uma viagem de aventuras. Só de sonhos.
Chegamos em Graz. Graz encontra-se à nordeste de Velden, no vale do Mur. É circundada pelos Alpes e pelas colinas da Estíria.
Na via principal de Graz, a Herrengasse, há uma sucessão de prédios históricos como o Arsenal; a sede do governo Regional "Landhaus", com seus arcos renascentistas e o famoso carrilhão. Eles nos transportam a séculos remotos.
Saímos de Graz, rumo ao "Rogner Bad Blumau", um dos mais renomados balneários da Áustria, construído pelo arquiteto austríaco Hundertwasser. A arquitetura é inspirada na obra de Gaudí. Há muitas cores nas construções mas todas se harmonizam entre si, fantasticamente. Almoçamos por lá mesmo. Passamos por cidades típicas, até Viena, última cidade da Áutria a ser visitada.
Fotos: 1- Zillertal - Tirol (cartão postal).
2- Jardins do Palácio Linderhof (Alemanha).
3- Balneário "Rogner Bad Blumau".

Áustria - Salzburgo




Na manhã seguinte à nossa chegada em Viena, saímos para conhecer o famoso Vale do Danúbio, que é uma região vinícula muito importante da Áustria. Passamos pela cidade medieval de Dumstein e também por Melk, às margens do rio Danúbio.
Estas cidadezinhas são tão lindas, com jardineiras e jardins floridos... Um charme!
Continuamos a viagem até Salzburgo, cuja paisagem é marcada pelo rio Salzack. Salzbugo tem o nome que tem por causa do sal(salz, em alemão), cujas minas de sal gema de seus arredores foram, por séculos, responsáveis por sua prosperidade. Salzburgo também é a cidade da música. Alguém um dia escreveu: "há cidades que suspiram, como Veneza; cidades que brilham, como Paris, e cidades que bailam, como Viena. Salzburgo toca-se e é, portanto, uma pauta musical". É verdade, mas acredito, a Áustria toda respira música. Música da melhor qualidade. Recordo-me que quando passávamos pelas lojas comerciais que vendem CDs, em Viena, só se ouve música clássica. Passamos perto de uma escola de música e ouvimos alguém aprendendo violino, música clássica.
Por falar em música, Mozart nasceu em Salzbrugo. É seu filho mais ilustre. Tivemos a oportunidade de conhecer (e fotografar, claro) a casa em que ele nasceu, em 1756. Mozart é, realmente, um dos maiores gênios da música. E um dos meus preferidos...
Mozart descreveria Salzburgo como "cenário perfeito" para seu trabalho.
Por 800 anos, Salzburgo foi governada por príncipes-arcebispos que legaram à cidade belos palácios, como o Mirabell, com seus belíssimos jardins. Conhecemos e fotografamos a Catedral de Salzburgo, erguida em 774 d.C e pode abrigar dez mil fiéis; a residência dos antigos governantes, etc.
Vimos o que foi possível, em uma viagem de curta duração. Enfim, vimos o coração hitórico da cidade.
Passeamos pela região dos lagos Salzkammergut, considerada uma das paisagens mais bonitas da Áustria. Passamos pelo lago Fuschi, chegamos a St.Gilgen, situada às margens do lago Wolfgangsee e embarcamos para efetuar uma travessia para St. Wolfgang.
Parecia que eu estava sonhando. Tantas paisagens belas...e bucólicas. Hoje relembro que são paisagens tão lindas, como as do sul da Alemanha...
Fomos a Mondsee, encravada na beira do lago. Pequenos prédios, com muitas janelas, e todas floridas, catedral e praças charmosissimas, com bancos; restaurantes com mesinhas no passeio... Tudo de bom e bonito. Estava um pouco frio esta região, mas nada que não pudéssemos resistir e curtir. Afinal, quem ia se preocupar com o frio, com tanta beleza à nossa volta? Aqueles lagos azuis,límpidos; as montanhas com neves eternas no cume; aqueles vales tão verdinhos, que mais pareciam mantas de veludo...Inacreditável!
Retornamos a Salzburgo. No dia seguinte, bem cedo, partiríamos para Innsbruck, e de lá, para Graz.
Fotos: 1- Salzburgo.
2- Mondsee.
3- Casa de Mozart.

Áustria - Paisagens




ÁUSTRIA - REGIÃO DOS LAGOS

Viagem e muitas " viagens" - Áustria, Hungria, Rep. Tcheca, Holanda




Quando decidimos viajar para a Áustria, me veio à lembrança a paixão que tenho por este pais, desde a adolescência. Mas... vou contar isto aos poucos.
Começamos nossa viagem com Lillian Mendes, Cláudia Junqueira e eu, né. Depois, nos juntamos a outras pessoas, e foi só alegria!
A Áustria é puramente elegante em suas paisagens: montanhas imponentes, coberta de neve, refletindo nas águas transparentes dos lagos; vales verdejantes, flores coloridas e um famoso Danúbio atravesando o país. E mais: castelos, palácios, pequenos vilarejos com casas pintadas, igrejas barrocas, povo amante das artes e da cultura. Assim é a Áutria que inspirou Mozart, Haydn, Straus, Shubert, Beethoven e tantos outros.
Iríamos para o coração da Europa Central, num país pequeno demais para abarcar toda a sua gloriosa herança política, cultural e intelectual. Como se não bastasse, ainda tem a maravilhosa cordilheira dos Alpes, que ocupa 70% de sua superfície.
Eu estava feliz demais!
Saímos de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro. E, de lá, para Amsterdã, em conexão, e, finalmente, Viena, na Áustria.
Chegamos à noite. Chovia um pouquinho, muito leve. Uma van nos esperava no aeroporto. Vou confessar: ao ter certeza de que estava mesmo em Viena, não contive as lágrimas e chorei silenciosamente. Estava muito emocionada. Era a Viena da minha paixão, que começou pelas músicas clássicas que ouvia, ainda adolescente, pelas madrugadas insones. Acho que só consegui dormir naquela noite, porque estava muito cansada... a emocão era enooorme.
Não ficaríamos em Viena no dia seguinte. Somente conheceríamos a cidade, quase uma semana depois. Iríamos antes a Salzburgo, Innsbruck, Graz e, finalmente, Viena.
Nosso roteiro incluía ainda: Hungria(Budapeste); República Tcheca (Praga) e Holanda(Amsterdã).
Vamos às histórias de "viagens".

Fotos: Nós na fita.

Espanha - Barcelona





Barcelona fica no nordeste da Espanha. É a capital da Catalunha. Teria sido fundada no final do sec. I a.C. É uma cidade bastante interessante, conhecida como a capital do modernismo.
Entre tantas coisas para se ver, optamos por conhecer de perto algumas obras de Antônio Gaudí (1852-1926), arquiteto que viveu e trabalhou em Barcelona. A mais representativa de sua obra é o Templo Expiatório da Sagrada Família, que Gaudí deixou inacabada, e segue sendo construida da mesma maneira que as catedrais da Idade Média. Seu término está previsto para o ano de 2020.
Passamos a manhã, visitando o Parque Güell, lindo, com dezenas de obras de Gaudí, a casa em que ele morou, que fica no interior do parque e foi transformada em museu. Conhecemos a casa toda "ondulada" que se chama casa Milà, também obra de Gaudí.
Um dos lugares mais frequentado em Barcelona é "La Rambla", uma passarela situada entre a Praça de Catalunya, no centro da cidade, e o antigo porto de Barcelona. Esta passarela é bastante charmosa, com quiosques de flores, cafeterias, lojas e restaurantes (aproveitamos para almoçar em um deles). Lá se encontra também o mercado de "La Boqueria". La Rambla termina junto ao porto, com um monumento a Cristóvão Colombo, apontando para o mar.
Além das obras modernistas, em Barcelona encontra-se relevantes obras pertencentes a outros estilos e períodos históricos. No período medieval destacam-se as obras góticas que proliferam em seu centro histórico, o "Bairro Gótico". Também a Igreja de Santa Maria do Mar.
Passamos pelo Palácio dos Esportes São Jordi, sede dos Jogos Olímpicos de 1992.
Visitamos o Museu Picasso(1881-1973), que conta com uma importante coleção de obras deste pintor, inclusive esculturas e peças de cerâmica. Neste museu percebemos as diversas fases pelas quais passou: o período azul, róseo,etc. no início de sua carreira, como pintor.
Esta foi a última cidade que visitamos nesta viagem. Estamos de volta ao Brasil e, quem sabe, pensando em outra possibilidade de viajar, muito em breve.
E foi isto mesmo que aconteceu. Programamos uma viagem ao Leste Europeu, nos paises: Áustria, Hungria, República Tcheca, finalizando com Holanda.
Mas esta é uma outra história, que pretendo relatar em breve. Contando tudo.
Fotos: 1 - La Rambla (internet)
2 - Tentem ver uma vista de Barcelona.
3 - Catedral da Sagrada Família.

Itália - Verona,Veneza,Roma,Vaticano,Florença, Pisa




O terreno conhecido hoje como Itália foi berço de várias culturas e povos europeus. Roma foi durante séculos o centro da civilização ocidental. Mais tarde tounou-se o berço do Renascimento; também da ciência e astronomia modernas.
Possui forte influência global na política, cultura, ciência, moda, cinema, religião, gastronomia, finanças, música,etc.
A Itália é o quinto pais que mais recebe turistas e Roma é a terceira cidade mais visitada da União Europeia.
Muitos motivos para visitar a Itália. Estávamos no berço da cultura.
Ao sairmos da Suiça, ingressamos no Vale de Aoste, situada no Noroeste da Itália (e limita ao norte com a Suiça).
É uma região bastante interessante, também com lindas paisagens, como é comum às paisagens dos vales.
Seguimos para a região de Toscana composta de dez províncias, das quais visitamos duas: Florença e Pisa. Verona e Veneza ficam na região do Vêneto.
Fomos inicialmente para Verona. A primeira vez que ouvi falar de Verona foi há muito tempo atrás, através de um tio meu que escreveu um livro (que nunca foi publicado), cuja hitória se passava em Verona. Chamava-se "Os Cavaleiros de Verona". Li o manuscrito, na época, e quando cheguei em Verona, me lembrei dele. Algum tempo depois, lhe falei que havia conhecido a tal cidade.
Ficamos em Verona, em uma praça, onde existe uma arena - Arena de Verona, que é um anfiteatro e lembra o Coliseu. Aliás a arquitetura de Verona e sua estrutura urbana foram motivos para a UNESCO a declarar Patrimônio da Humanidade.
Verona tornou-se famosa também por ser a "pátria" de Romeu e Julieta, como reza a lenda, eles teriam vivido, mesmo, no sec. XII. Pudemos conhecer o Balcão de Julieta, onde Romeu a pediu em casamento, apesar da rivalidade entre as duas famílias. A história faz parte da tradição oral italiana desde a idade média e foi imortalizada por Shakespeare. Há quem afirme que a história existiu, de fato, e não é apenas ficcção literária.
Deixamos Verona e partimos para Veneza, distante 105 km. Chegamos bem antes do almoço. Pena que ficamos apenas por um dia e não dava tempo de ver e conhecer muita coisa, como as igrejas e os muitos museus que existem por lá.
Veneza foi fundada em 568 a.C sobre lagos e ilhotas lamacentas, no Mar Adriático, por um grupo de habitantes das Aldeias de Altino e Aquileia, que fugia dos lombardos. É classificada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Tornou-se símbolo de exuberância e riqueza. Da época do ouro, ficou o Palácio do Doge, obra prima do gótico veneziano. Vimos também a mais famosa ponte de lá - a Ponte dos Suspiros, de onde os criminosos condenados podiam lançar seu último olhar sobre a cidade. Foi o primeiro edifício no mundo construido para ser prisão.
Lindos são o Campanário gótico da Catedral de Torcello, que enfeita as margens de uma das lagoas originais, a Basílica de São Marcos, com a praça de mesmo nome à frente e torre do relógio. A praça de São Marcos é cheia de fotógrafos, turistas e pombos. Uma festa! Ouvimos em Veneza "O Sole Mio", cantado por um grupo de artistas que se apresentava na rua.
Fomos a algumas lojas, onde o forte são as máscaras de carnaval - Pierrot e Colombina.
Veneza também é cenário de filmes, é romamtismo de namorados nas gôndolas indo pelos canais afora... mas dá uma certa insegurança transitar, sei lá... cair nas águas... Mas que é linda é.
De Veneza, pegamos o caminho para Roma, na região do Lácio. Roma, "A Cidade Eterna", pela sua história milenar. Diz o mito romano que a cidade foi fundada sobre uma das sete Colinas que rodeavam a comunidade primitiva, a cerca de 753 a.C (data convencionada), por Rômulo e Remo, irmãos criados por uma loba.
Sua área metrololitana tem quase 3 milhões de habitantes. Roma é dos símbolos da civilização europeia.
O primeiro e um dos mais importantes símbolos de Roma que vi, quando chegamos foi o Coliseu e o Arco de Constantino, ambos próximo um do outro.
No Coliseu são oitenta entradas em arco. Parte dele se perdeu, devido à muitos desastres sofridos por Roma, mas ainda se pode apreciar a miscelânia de colunas e o pátio onde os gladiadores enfrentaram-se. O coliseu ocupa o terreno pantanoso, onde antes, situava-se o Domus Aurea, antigo palácio de Nero.
Um dos lugares que sempre via como cenário de filmes, era o Fontana di Trevi (Fonte dos Desejos) e ela estava ali, bem a minha frente. Uau! Construida em 1762, fica na Piazza di Trevi. A Fontana di Trevi tem ao centro o triunfante Netuno entre as águas. Tudo em estilo barroco. Serviu de cenário para filmes como "La Dolce Vita", de Fellini, "A Fonte dos Desejos", etc. Roma, de um modo geral, serviu de cenário de filmes como "A Princesa e o Plebeu", "Roma, Cidade Aberta", de Rosselini, "Em Roma na Primavera", "Roma" de Fellini, "Only You", "Gladiador", etc.
Vimos, de passagem o Castelo de Santo Ângelo, construido para ser o mausoléu do Imperador Adriano e sua família. Sua construção foi iniciada em 139, às margens do Rio Tibre, que passa pela cidade.
Fomos à Cidade do Vaticano, como não poderia deixar de ser. É uma cidade-estado, soberana, que foi dado pelo Tratado de Latrão, assinado por Benito Mussulini e o Papa Pio XI, em 1929. A cidade é rodeada por por muralhas medievais e renascentistas, com exceção da parte sudoeste, onde se localiza a Praça de São Pedro.
O edifício mais importante é a Basílica de São Pedro, construida no sec. IV e reconstruida no sec. XVI. Nenhuma outra igreja, no mundo, atrai tanta gente. Ao entrar, ficamos extasiados, pelo tamanho e beleza. Depara-se bem próximo à entrada, e numa redoma de vidro, a Pietà, de Michelangelo, a mais famosa estátua da Igreja Católica (Maria com seu filho morto).
Impressionam o altar Mor e as quatro pilastras que sustentam a grande cúpula. Cada pilastra tem 70 metros de circunferência. São necessários 48 homens dando-se as mãos para circundar uma delas. A altura da Basílica por dentro me impressionou muito.
Fomos à Capela Sistina. Os afrescos no teto são, realmente, um dos maiores tesouros artísticos da humanidade. Obra de Michelangelo, que deixou com sua genialidade retratados o Velho e o Novo Testamento; Deus na criação do Sol, da Lua, de Adão e Eva, o Dilúvio Universal, a Expulsão do Paraiso, o Juizo Final,etc.
Infelizmente, faltou ir a Piazza Navona, cercada de conjunto barroco e outros lugares, como nas dezenas de igrejas que existem por lá.
Um dia voltarei lá, pois "quem tem boca vai Roma".
A viagem não pode parar. Agora é Florença, considerada o berço do Renascimento. É uma das cidades mais belas do mundo. Foi fundada no sec. I a.C, mas viveu à sombra de Roma até adquirir vida própria nos sec. XV e XVI. Tornou-se célebre também por ser a cidade de Dante Alighieri - "A Divina Comédia", marco da literatura universal. A poderosa família Medici patrocinou e apoiou vários gênios como Michelangelo Buonarroti, Leonardo da Vinci e Dante.
Impressionou-nos sobremaneira a Catedral de Santa Maria del Fiori, na Piazza del Duomo. Reune linhas góticas - presentes nos portais e nas janelas, ao estilo predominantemente renascentista. As paredes são decoradas com rigor de detalhes, numa grandeza ímpar. Começou a ser construida em l296, sendo a construção interropidas várias vezes, devido às guerras e epidemias que assolavam a Europa medieval. Tudo em Florença respira arte. Do outro lado da praça, ergue-se o Batistério, um monumento do passado, onde estão gravadas amostras de arte de famosos escultores e arquitetos da época. Pode-se imaginar, por exemplo, o detalhismo e a paciência com que Lorenzo Ghiberti e seu filho Vitório esculpiram cada detalhe da Porta do Paraiso, ao longo de 27 anos.
Um dos maiores tesouros que o Renascimento legou ao mundo foi a estátua de Davi, de Michelangelo que se encontra na Galleria Dell'Accademia. Nesta galeria pudemos apreciar também outras esculturas e pinturas de grande valor astístico como quadros de Botticelli, Da Vinci, etc.etc. Conhecemos a Basílica de Santa Cruz, onde estão as sepulturas de Galileo Galilei, Maquiavel, Michelângelo, Rossini, etc etc.
Bom, Florença está ás margens do Rio Arno. Então não vamos deixar de apreciar as pontes que atravessam este rio, como a Ponte Vecchio, uma construção do sec. XIV, ocupada hoje com ourivesarias e joalherias e outras lojas. Desta ponte se tem uma belíssima imagem das outra pontes. Durante a segunda guerra, a Ponte Vecchio não foi destruida pelos alemães. Acredita-se que tenha sido uma ordem direta de Hitler.
Assim é Florença! Linda!
Demos adeus a Florença e rumamos para Pisa, a última cidade da Itália a ser visitada nesta viagem.
Pisa é uma cidade bem pequena, mas que teve muita importância e atingiu o ápice de seu esplendor entre o sec. XII e XIII, quando os seus navios controlavam o Mediterrâneo Ocidental, mas a rivalidade com Gênova, que resultou em batalha, marcou o seu declínio.
O principal ponto turístico da cidade é a Torre de Pisa, famosa por sua inclinação. Situa-se atrás da Catedral. É uma Torre de pouco mais de 55 metros, sem tanto atrativo, mas bastante visitada por causa, justamente, da sua inclinação. É espantoso! Parece que vai cair a qualquer momento. Resolvemos sair de lá, rapidamente, antes que isto acontecesse.
Fim da viagem a Itália. Saimos da Itália pela Riviera Italiana, passamos pela Côte d'Azur, na França (Nice, Mônaco, Saint Moritz, Cannes), mas avistamos tudo de longe, sem entrar nas cidades. Acho que dormimos em Nice. São tantos lugares, que a gente até esquece. Lembro-me de ter passado por mais de cinquenta túneis compridos, neste caminhar sem fim. Nosso destino agora era a Espanha, novamente. Barcelona, pois Madri já conhecemos, quando iniciamos esta viagem. De Barcelona, voltaríamos ao Brasil. Com Viagens e muitas "viagens" prá contar.
Fotos: 1- Veneza
2- Florença
3- Torre de Pisa

Suiça - Genebra


Da França (Paris), fomos a Suiça (um dos paises mais ricos do mundo), mais precisamente, em Genebra, classificada como a segunda cidade de melhor qualidade de vida do mundo (e a mais cara).
Genebra foi o centro intelectual da europa protestante quando Calvino se fixou na cidade, em 1541, e estabeleceu um estado teocrático.
Hoje, Genebra é mais conhecida por ser a sede de alguns orgãos da ONU e abrigar muitas conferências internacionais.
Ficamos a maior parte do tempo no centro de Genebra, bem em frente ao Lago Lemán, de águas de um azul incomparável. Genebra fica às margens desse lago, que se estende até Montreaux. É o maior dos 1484 lagos suiços; tem 582 quilômetros quadrados e termina bem no centro de Genebra. Neste lago tem um jato d'água, em forma de penacho, que sobe a uma altura de 140 metros.
No centro de Genebra há dezenas de lojas que vendem relógios ( em termos de valor, a Suiça é responsável por metade da produção mundial de relógios), canivetes, etc, e os famosos chocolates suiços.
Fizemos um city tour pela cidade, mas, confesso, não me recordo bem dos lugares em que passamos, para descrever. Vale uma outra ida a Suiça, até para conhecer outros lugares, igualmente lindos, como Montreaux, Lucerna (uma pequena cidade medieval), Zurique, etc. Partimos de Genebra, rumo à Itália.
Quando se fala em Suiça, nos vem à mente os Alpes Suiços. Aliás, uma das coisas que mais me encantaram: os Alpes Suiços. Uma cadeia de montanha que atravessa desde o sul da Europa até a Europa central -cobre dois terços de toda a totalidade da Suiça. Costumam ser divididos em Alpes Ocidentais e Alpes Orientais. A divisão segue a linha entre o lago Constança, lindíssimo, por sinal, e o lago Como, ao longo do Rio Reno.Os Alpes ocidentais localizam-se na Itália, França e Suiça. Os Alpes Orientais pertencem à Áustria, Alemanha, Itália, Liechtenstein, Eslovênia e Suiça.
Em cada curva do caminho se descortinam paisagens de tirar o fôlego, tamanha a beleza dos Alpes e imediações. Indescritível.
Fizemos uma parada para lanche e fotos aos pés do Mont Blanc, fronteira com a Itália. Olhar para cima, para aquela imensidão de montanha, coberta de neve...Como somos minúsculos, diante da grandiosidade da natureza! Mont Blanc! Não há cenário mais lindo!!! Fiquei muito impressionada. Não vou te esquecer... Jamais.
Coninuamos a viagem, agora, rumo a "Bella Itália"!
A Itália foi o pais em que mais conhecemos cidades: Verona, Veneza, Roma, Florença, Pisa, e o menor pais do mundo, Vaticano. Passamos também pela Riviera Italiana.
Vale dizer que a Itália tem me salvado da fome nestas viagens e não permitindo que eu coma alguma coisa que não goste, pois quando não conseguimos decifrar o cardápio em algum restaurante, por este mundo afora, pedimos logo uma pizza. Pizza tem em qualquer lugar do mundo e a grafia é igual ou muitissimo parecida. A Itália sempre nos salva. Pelo menos a mim, que não domino nenhuma língua estrangeira.
Até lá. Fui!
fotos: 1 Lago Lemán (internet)
2 Relógio das Flores

França - Paris




Chegamos a Paris.
Fundada pelos Gálios e romanos, passou por dinastias e reinados, muitas vezes sangrentos, até conquistar, definitivamente, seu lugar na história, em 1789, quando teve início a revolução e o povo tomou posse do símbolo do absolutismo e do terror que era a Bastilha.
Embora tenha passado por duas grandes guerras mundiais e caido nas mãos dos alemães, em 1940, resplandece hoje com toda a sua beleza e cultura.
Paris é uma cidade encantadora. Não há quem não se apaixona por ela.
Ao chegar, avistamos seu símbolo maior, muito ao longe, à frente, e ligeiramente a esquerda: a Torre Eiffel. De qualquer ponto da cidade, lá esta ela. Iluminada, à noite, é mais linda ainda.
Ficamos pouco tempo em Paris, mas deu para conhecer alguma coisa, até porque, as coisas mais bonitas e interessantes para se ver se concentram mais na área central.
Conhecemos a Catedral de Notre Dame, construida aos poucos, entre os anos de 1163 e terminada em 1345. Impressiona pelo tamanho e beleza, a começar por seus portais, em estilo gótico. O interior, então, é deslumbrante. Esta catedral comporta 9.000 pessoas em seu interior, dizem.
Os edíficios à margem do Rio Sena, que corta a cidade, são imponentes e grandiosos. As pontes do rio, em arcos, constituem lugar de encontro e passeio. A Ponte Neuf (apesar do nome) é a mais antiga - início da construção 1578, término em 1606.
À tarde, passamos pelo Museu do Louvre. Como faltava pouco tempo para cerrar suas portas naquele dia, optamos por não entrar. Ficamos no subsolo das pirâmides em frente ao Louvre, onde estão livrarias, cafés, reproduções das obras, etc.
Ao lado e à frente do Louvre está o Jardim das Tulherias, imenso, estende -se por cerca de um quilômetro (da praça do Carrocel à praça da Concórdia). Este jardim, florido, é ornamentado por esculturas.
Imponente é o Arco do Carrocel, erigido para celebrar as vitórias de Napoleão Bonaparte, de 1805. No cimo, estão quatro cavalos e estátua da paz.
Perto do Louvre (em uma pequena praça) está a Igreja de Saint Germain L'auxerroix. Também próximo estão o Palácio Bourbon, que hoje abriga a Assembléia Nacional; a Ópera Garnier, que é o maior teatro lírico do mundo - início construção 1862, concluído em 1875; o Hotel de Ville, um prédio muito imponente.
Fomos à Place des Pyramides, onde se encontra a estátua de Joana d'Arc, ao centro; à Place Vendôme (nesta praça se encontrava a casa do Duque de Vendôme). Ao centro desta praça há uma coluna erigida em honra de Napoleão I. É rodeada por importantes edifícios. Encontra-se lá, a casa (nº 12) em que Chopin morreu.
Vimos o Arco do Triunfo, no final da maravilhosa (e famosa) Avenida Champs Elysée, que, à noite, mais parece estar enfeitada para o natal, tamanha a quantidade de luzes. O Arco do Triunfo foi encomendado por Napoleão e construído para dedicar à Grande Armada. Em seus arcos estão esculpidos imagens representativas da partida dos voluntários em 1792, conhecida como "Marséillaise", estão representados também as vitórias napoleônicas, etc. Ao longe, se avista "La Grande Arche".
Andamos à pé até o bairro Saint-Germain-Des-Près, onde está uma igreja de mesmo nome, a mais antiga de Paris (sec. XI e XII), devastada várias vezes e reconstruída. Há neste bairro várias galerias de arte e charmosos cafés, que eram frequentados por Sartre e os intelectuais da época.
Passamos pelo bairro Quartier Latin, onde está a Universidade da Sorbonne. Vimos, ainda que de uma certa distância, a Esplanade des Invalides, onde se encontra um conjunto de edifícios que no passado, 1671, era destinada a dar asilo aos velhos soldados e feridos de guerra.
Passamos pela Ópera da Bastilha, pelo Moulin Rouge, culo palco nasceu o can can e que serviu de inspiração para Toulouse-Lautrec pintar a vida noturna dos cabarés e os personagens que viviam da arte.
Caminhamos muito pelo centro de Paris, principalmente pela Rue de Rivoli, paralela ao Rio Sena.
Agora, umas das coisas que achei mais importante nesta viagem a Paris: o Museu D'orsay! Este museu fica à margem esquerda do Rio Sena. Antes, o prédio era uma estação. A instalação ficou um tempo abandonada - foi lá que Orson Wells rodou o filme "O Processo", baseado no livro de mesmo nome, de Franz Kafka. Em 1973 o presidente Pompidou a reestruturou, para que fosse criado o museu, inaugurado em 1986por Mitterrand. Chegamos ao museu ainda pela manhã e ficamos até boa parte da tarde (sem almoço) porque não podíamos perder nada, deliciando com as obras de arte dos maiores pintores impressionistas e pós impressionistas do mundo: Van Gogh, Monet, Manet, Degas, Pissarro, Sisley, Renoir, Mondrian, Gauguin, Tolousse-Lautrec, Seurat, Cèzane e outros. Custei a acreditar que estava vendo tudo aquilo. Parecia um sonho... Dezenas daquelas obras já conhecíamos por fotografias, em filmes, mas vendo alí, "ao vivo e a cores" tinha uma emoção diferente. Só por isto, penso, valeu a viagem. Ainda mais que o estilo impressionista é o que mais gosto, ou melhor, tenho uma paixão. Vimos muitas esculturas também, como de Rodin, muitos objetos de arte. Enfim, um banho de cultura, dessas de lavar a alma!
Bom, infelizmente ficou faltando muita coisa em Paris para ver: algumas obras do Louvre (se visse todas, gastaria 27 dias), Versailles, o Sacré Coeur, o Centro Pompidou, a Place des Vosges, etc, etc, etc.
Recebi um convite de um amigo, para voltarmos lá. Muito provavelmente irei. Com prazer, aliás, pois não dá para ir só uma vez em Paris, esta cidade de tantos cenários de filmes (os filmes franceses têm o seu lugar), de gente bonita e elegante. Cidade de charme, de história, de culura, de charmosos cafés, de músicas lindas também. Paris é uma festa mesmo! Au revoir, Paris!
Fotos:
1 - Ponte Neuf (Pintura de George B.)
2 - Arc de Triomphe (Pintura de George B.)
3 - Torre Eiffel.

A Caminho da França


De Madrid, na Espanha, rumamos para a França, com destino a Paris. São 1.261 km de estrada. Fomos subindo a Espanha, no sentido Norte, pela região Basca, onde está o grupo separatista ETA (Euskadi Ta Askatazuna) ou, Pátria Basca e Liberdade, que luta pela independência da região basca. Este grupo terrorista já matou centenas de pessoas, desde junho de 1968, quando começaram suas atividades terroistas. Foi criado em 1959. Claro, que passar por esta região, dá um certo medo. Vimos vários cartazes de "Procura-se", com fotos deles nos aeroportos da Espanha.
Burgo fica distante de Madrid 244km; é rica em arte gótica. Foi sede do governo de Franco, durante a guerra civil espanhola (1936-1939).
Nesta cidade há uma catedral linda, dedicada à Virgem Maria. Sua construção começou em 1221. Apenas passamos por esta cidade. Lembro-me de passar por uma avenida, talvez a principal, toda arborizada. Umas árvores diferentes... que eu nunca tinha visto.
Vimos os Pirineu, a cordilheira entre a Espanha e a França, com neve eterna.
Subimos mais um pouco e entramos em território francês, pelo sudoeste.
Pernoitamos na cidade de Bordeaux. Jantamos um quiche bem gostoso por lá. Infelizmente, não conhecemos nada sobre a cidade. Estávamos apenas de passagem, mas sei que é uma cidade famosa pelas vinhas. Produz mais de 700 milhões de garrafas de vinho por ano. É a segunda maior área de cultivo de vinho do mundo, perdendo apenas para a região do Languedoc, também na França.
Viajamos muito ainda, até chegarmos em Paris. Passamos pelo Vallée de la Loire (Vale do Luar). O vale tem esse nome por causa do Rio Loire, o mais longo da França. Às suas mergens estão as obras primas da arquitetura francesa - os castelos. Conhecemos o Castelo Château de Chambord, em estilo renascentista, construido no século XVIII. Este vale é muito bonito; o que nos espera, então, Paris.
Embora cansativa, a viagem foi linda. Sabe porque? Passamos por zonas rurais e campos que lembram enormemente telas de pinturas de Van Gogh e outros impressionistas. Pudera! eles pintavam campos semelhantes! ou quem sabe aqueles mesmos? Emocionante, com certeza!
Agora, sim. Chegamos na mais linda cidade do mundo: PARIS, PARIS, PARIS!
Fotos: 1 - Castelo Château de Chambord
2 - Catedral de Burgos

Espanha - Madrid

Tenho impressão que não conheci muito de Madrid. Tenho poucas fotos de lá, além do mais, minha máquina fotográfica (nova) começou a dar problemas. Imprevistos de viagem...
Madrid é uma cidade grande - mais de 3 milhões de habitantes, muito movimentada, com modernas e largas avenidas, mas é uma cidade que preserva também seu passado histórico - as primeiras referências históricas relevantes aparecem no sec. IX, mas a cidade teve ocupação humana desde a pré história.
Durante o reinado de Muhammad I, foi mandado construir um pequeno edifício; onde é hoje o Palácio Real de Madrid, muito grande, por sinal. Parte deste palácio são aposentos e parte se transformou em museu. Ficamos um bom tempo aguardando para entrar. É riquíssimo por dentro. Vale a pena a visita. Em frente ao Palácio Real, há a Plaza Oriente, e ao centro, ergue-se o monumento a Felipe IV.
Há muitas praças em Madrid. Fomos a Plaza Mayor, situada no centro comercial da cidade.Foi construida em 1616, durante o período austríaco. Ao centro tem um monumento a Felipe III, que a construiu.A Plaza Cólon em homenagem a Cristóvão Colombo. Ao centro, monumento dele, datado de 1885.
No subsolo desta praça se encontram as instalações do Centro Cultural de la Villa de Madrid, com a entrada ocultada por uma cortina de água. Muito bonita mesmo, mas não descemos ao subsolo. Nesta praça existem ainda as Torres de Colón e as esculturas de los Jardines del Descubrimiento. Plaza de Cibeles - é uma das mais famosas da cidade, um dos símbolos mesmo. É onde ficam o prédio dos Correios e o Palácio das Comunicações. Situa-se no cruzamento entre Paseo Del Prado e Calle de Alcalá. Esta é a maior e mais famosa rua de Madrid. Há nesta rua a Puerta de Alcalá, outro símbolo da cidade. A Puerta del Sol é um dos lugares mais populares e importantes, por causa da proclamação da II República, em 02/05/1931. É nesta praça que está o "el oso y el madroño", símbolo emblemático de lá e que tem origem na história da fundação de Madrid - estátua do urso. Esta é uma outra história. Plaza de la Villa, onde se encontra El Ayuntamiento de Madrid (prefeitura). Conhecemos, apenas por fora, a catedral de San Isidro, o início de sua construção foi em 1622.
El Paseo del Prado, onde está o Museu do Prado, construção em estilo neoclássico (1785), no Parque Buen Retiro. Havia,na ocasião,uma exposição neste museu, do pintor Francisco Goya(1746-1828)em comemoração aos 250 anos de seu nascimento. Estavam expostas 180 obras deste pintor. Ficamos fascinados. Vimos todas. As obras de Goya retratam sátiras à burguesia,as visões e fantasias dos horrores das guerras - o lado mais sombrio da humanidade. Impressionou-me o tamanho das telas -enormes. Em frente ao museu há um monumento a Velázquez.
Fomos também ao museu Reina Sofia. Vimos obras de Mirò, Salvador Dalí, Pablo Picasso, inclusive sua obra prima a "Guernica", que retrata os horrores da guerra civil espanhola. Este museu está situado bem próximo da Estação de Atocha, inaugurada em 1851, pela rainha Isabel II. Foi a primeira estação ferroviária de Madrid. Passamos, pelo lado de fora, do Estádio de Futebol Santiago Bernabeu, construido em 1946, e reformado para o Munial de Futebol de 1982. Passamos pelo Planetário de Madrid, e pelo edifício de la Plaza Monumental de las Ventas (semelhabtes as plazas de toros). Finalmente, pudemos avistar também o "Lago de la Casa de Campo" em um dos maiores parques da cidade - é o lugar de lazer dos madrileños.
Gostei de Madrid. É uma cidade cultural, aliás, como a maioria das cidades da Europa.
Muitos gênios nasceram em Madrid, entre eles: Cervantes, Quevedo, Velázquez, Lope de Vega, Calderón de La Barca, e por aí vai.
Voltarei, para conhecer o sul da Espanha que, dizem, é igualmente lindo.
Foto: Plaza Mayor (internet)

Viagens e muitas "viagens" A Europa nos espera...

A Europa sempre me pareceu muito distante. Impossível ir até lá... Nem ao menos sonhava. Vivi minha adolescência e juventude pensando assim. Um dia, fiz meu passaporte, arrumei as malas e FUI, literalmente.
Escolhemos os paises Espanha, França, Suiça e Itália. Uma viagem de 22 dias e lá fomos nós, Tarcísio, Cláudia e eu. Era primavera na Europa. Deveria estar florida e linda...como sempre via em fotos.
Começamos pela Espanha. Chegamos em Barcelona e, no dia seguinte, pela manhã, fomos para Madrid. Conheceríamos Barcelona mais ao final da viagem, ou seja, seria a última cidade em que ficaríamos, antes de retornar ao Brasil. O roteiro era: Belo Horizonte/São Paulo (saida); Espanha (Barcelona/Madrid/Burgo); França (Bordeaux, Vallèe de la Loire/Paris); Suiça (Genebra); Itália (Verona/Veneza/Roma/Cidade do Vaticano/Florença/Pisa). Retorno pela costa francesa (Nice/Mônaco/Saint Moritz/Cannes, etc.).
Voltaríamos para a Espanha (Barcelona)e, finalmente, São Paulo/Belo Horizonte.
Uma longa viagem. Pela parte terrestre, viajamos em torno de 5.400 km.
Começamos por Madrid, na Espanha. Vamos lá!!!
Foto: Bandeiras de paises da Europa (internet)

Fim da "viagem"

Cheguei de "viagem". Estou sonhando em escrever as próximas, rapidamente. Pois tem ainda muitas viagens para relembrar, através deste blog. Cheguei do Chile de Isabel Allende, de Salvador Allende, de Pablo Neruda. Cheguei do pais de sonhos libertários, golpes de Estado, ditadura, desaparecidos políticos. Ficaram as cicatrizes, abertas até hoje, desses episódios. Mas é um pais de brava gente. E lindo.Pablo Neruda dizia que o Chile foi inventado por um poeta. E foi mesmo.
Cheguei de "viagem" que fiz a Argentina, que também foi marcada pelas ditaduras, mas igualmente de brava gente. Gente que protesta, que briga, que sonha, que ama, que canta até hoje a nostalgia e a melancolia dos tangos que choram o amor perdido.
Assim é "Mi Buenos Aires Querido".
Divido as lembranças e emoções destas páginas com Marília Campolina e Tarcisio, amigos e companheiros desta viagem. Com Cláudia Junqueira, por não mais estar entre nós, dividiremos nossa saudade. Divido também com Paulinha, minha incentivadora e professora, que tem tentado quebrar minha resistência à informática.
Até a próxima viagem a Europa, pelos paises: Espanha, França, Itália, Suiça e tudo de belo que vi por lá. Com micos também.
Júnia.

Argentina - Buenos Aires - cont.


Buenos Aires está distante de Bariloche 1720 km. A cidade simplesmente encanta. Desde muitos anos sou apaixonada por Buenos Aires, sem conhecer. Depois que conheci, fiquei duplamente apaixonada.
Ficaram em minhas lembranças mais antigas, filmes que assisti com Libertad Lamarque, atriz dramática e cantora de tangos, nascida na Argentina.
Ah! Buenos Aires do melancólico e nostálgico tango, antes associado a cabarés, hoje, elemento mais identificador da alma portenha. Imortalizado por Carlos Gardel, renovado por Astor Piazzola, ouvir e ver dançarinos de tango em Buenos Aires tem um sabor único e inigualável.
Buenos Aires é uma cidade para ser conhecida caminhando pelas ruas e avenidas planas e largas, arborizadas e limpas. A principal avenida e a que serve de referência para o turista é a Avenida 9 de Julho, considerada a mais larga do mundo, quase 150 metros de largura - corta a parte central da cidade. Vimos o Obelisco, andamos muito pelo centro. O hotel em que nos hospedamos ficava a duas quadras da Calle Florida, paraiso do consumismo em Buenos Aires, na época. Andamos pela Calle Lavalle, Corrientes (inspiração do tango "Corrientes, 348...") e muitas outras.
As lojas e os cafés são um espetáculo à parte. Charmosíssimos e ao estilo europeu. Vimos o Teatro Colón, por sinal, belíssimo, inaugurado em 1908. A arquitetura de Buenos Aires tem muito a ver com a arquitetura europeia e é muito bem preservada.
Não poderíamos deixar de conhecer a Plaza de Mayo, palco de protestos, como o das mães dos desaparecidos políticos no regime militar(1976 - 1983). Ali estão também importantes e imponentes edifícios governamentais, entre eles a Casa Rosada, sede do governo federal.
Visitamos o bairro La Bocca, onde está o famoso Caminito, a ruazinha que inspirou o tango homônimo. Passamos pelo estádio do Boca Junior e também, perto, o bairro San Telmo. À exemplo do primeiro, este também é um bairro italiano.
Felizmente ficamos um domingo na cidade e, assim, pudemos visitar a feira de antiguidade, na Plaza Dorrego, que acontece neste dia. Outro bairro visitado foi o "La Recoleta". É extremamente charmoso e sofisticado. Passamos pelo cemitério neste bairro, onde está o mausoléu de Evita Perón.
Infelizmente, não visitamos museus e lá existem nada menos que 80. Buenos Aires é uma cidade culta,com muitas livrarias, bela, nostálgica pelas músicas, "saborosa", se podemos dizer assim, pelas "parrillas" (que experimentamos) e pela comida italiana, por sinal, muito boa e farta. Penso que no inverno as cafeterias assumem a todo vapor, pois são muitas, e todas charmosíssimas. O preço é um pouco salgado, diga-se de passagem. Enfim, Buenos Aires é um show por si só. É cheia de inspiração com seus poetas. Um dos mais conhecidos internacionalmente é Jorge Luiz Borges (1899-l986)é um dos mais brilhantes e polêmicos escritores e ensaísta da América Latina. Buenos Aires é isto e muito mais. Transcrevo parte de uma letra do tango "Violetas", de 1930. Diz assim:
"Estas violetas que ayer
Me diste cariñosa com tanto fervor
las guardocomo emblema de un querer
que vieron ya mis ojos fenecer
entre la espesa bruma, con hondo dolor
Ellas tal vez me dirán,
en su linguaje mudo, con fria expresión,
que en vano espero que ha de regresar
el ave del amor que supo dar
un mundo de gorgeos a mi corazón"
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Fotos: 1 e 2 - Bairro "La Boca"