sábado, 6 de fevereiro de 2010

Itália - Verona,Veneza,Roma,Vaticano,Florença, Pisa




O terreno conhecido hoje como Itália foi berço de várias culturas e povos europeus. Roma foi durante séculos o centro da civilização ocidental. Mais tarde tounou-se o berço do Renascimento; também da ciência e astronomia modernas.
Possui forte influência global na política, cultura, ciência, moda, cinema, religião, gastronomia, finanças, música,etc.
A Itália é o quinto pais que mais recebe turistas e Roma é a terceira cidade mais visitada da União Europeia.
Muitos motivos para visitar a Itália. Estávamos no berço da cultura.
Ao sairmos da Suiça, ingressamos no Vale de Aoste, situada no Noroeste da Itália (e limita ao norte com a Suiça).
É uma região bastante interessante, também com lindas paisagens, como é comum às paisagens dos vales.
Seguimos para a região de Toscana composta de dez províncias, das quais visitamos duas: Florença e Pisa. Verona e Veneza ficam na região do Vêneto.
Fomos inicialmente para Verona. A primeira vez que ouvi falar de Verona foi há muito tempo atrás, através de um tio meu que escreveu um livro (que nunca foi publicado), cuja hitória se passava em Verona. Chamava-se "Os Cavaleiros de Verona". Li o manuscrito, na época, e quando cheguei em Verona, me lembrei dele. Algum tempo depois, lhe falei que havia conhecido a tal cidade.
Ficamos em Verona, em uma praça, onde existe uma arena - Arena de Verona, que é um anfiteatro e lembra o Coliseu. Aliás a arquitetura de Verona e sua estrutura urbana foram motivos para a UNESCO a declarar Patrimônio da Humanidade.
Verona tornou-se famosa também por ser a "pátria" de Romeu e Julieta, como reza a lenda, eles teriam vivido, mesmo, no sec. XII. Pudemos conhecer o Balcão de Julieta, onde Romeu a pediu em casamento, apesar da rivalidade entre as duas famílias. A história faz parte da tradição oral italiana desde a idade média e foi imortalizada por Shakespeare. Há quem afirme que a história existiu, de fato, e não é apenas ficcção literária.
Deixamos Verona e partimos para Veneza, distante 105 km. Chegamos bem antes do almoço. Pena que ficamos apenas por um dia e não dava tempo de ver e conhecer muita coisa, como as igrejas e os muitos museus que existem por lá.
Veneza foi fundada em 568 a.C sobre lagos e ilhotas lamacentas, no Mar Adriático, por um grupo de habitantes das Aldeias de Altino e Aquileia, que fugia dos lombardos. É classificada como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Tornou-se símbolo de exuberância e riqueza. Da época do ouro, ficou o Palácio do Doge, obra prima do gótico veneziano. Vimos também a mais famosa ponte de lá - a Ponte dos Suspiros, de onde os criminosos condenados podiam lançar seu último olhar sobre a cidade. Foi o primeiro edifício no mundo construido para ser prisão.
Lindos são o Campanário gótico da Catedral de Torcello, que enfeita as margens de uma das lagoas originais, a Basílica de São Marcos, com a praça de mesmo nome à frente e torre do relógio. A praça de São Marcos é cheia de fotógrafos, turistas e pombos. Uma festa! Ouvimos em Veneza "O Sole Mio", cantado por um grupo de artistas que se apresentava na rua.
Fomos a algumas lojas, onde o forte são as máscaras de carnaval - Pierrot e Colombina.
Veneza também é cenário de filmes, é romamtismo de namorados nas gôndolas indo pelos canais afora... mas dá uma certa insegurança transitar, sei lá... cair nas águas... Mas que é linda é.
De Veneza, pegamos o caminho para Roma, na região do Lácio. Roma, "A Cidade Eterna", pela sua história milenar. Diz o mito romano que a cidade foi fundada sobre uma das sete Colinas que rodeavam a comunidade primitiva, a cerca de 753 a.C (data convencionada), por Rômulo e Remo, irmãos criados por uma loba.
Sua área metrololitana tem quase 3 milhões de habitantes. Roma é dos símbolos da civilização europeia.
O primeiro e um dos mais importantes símbolos de Roma que vi, quando chegamos foi o Coliseu e o Arco de Constantino, ambos próximo um do outro.
No Coliseu são oitenta entradas em arco. Parte dele se perdeu, devido à muitos desastres sofridos por Roma, mas ainda se pode apreciar a miscelânia de colunas e o pátio onde os gladiadores enfrentaram-se. O coliseu ocupa o terreno pantanoso, onde antes, situava-se o Domus Aurea, antigo palácio de Nero.
Um dos lugares que sempre via como cenário de filmes, era o Fontana di Trevi (Fonte dos Desejos) e ela estava ali, bem a minha frente. Uau! Construida em 1762, fica na Piazza di Trevi. A Fontana di Trevi tem ao centro o triunfante Netuno entre as águas. Tudo em estilo barroco. Serviu de cenário para filmes como "La Dolce Vita", de Fellini, "A Fonte dos Desejos", etc. Roma, de um modo geral, serviu de cenário de filmes como "A Princesa e o Plebeu", "Roma, Cidade Aberta", de Rosselini, "Em Roma na Primavera", "Roma" de Fellini, "Only You", "Gladiador", etc.
Vimos, de passagem o Castelo de Santo Ângelo, construido para ser o mausoléu do Imperador Adriano e sua família. Sua construção foi iniciada em 139, às margens do Rio Tibre, que passa pela cidade.
Fomos à Cidade do Vaticano, como não poderia deixar de ser. É uma cidade-estado, soberana, que foi dado pelo Tratado de Latrão, assinado por Benito Mussulini e o Papa Pio XI, em 1929. A cidade é rodeada por por muralhas medievais e renascentistas, com exceção da parte sudoeste, onde se localiza a Praça de São Pedro.
O edifício mais importante é a Basílica de São Pedro, construida no sec. IV e reconstruida no sec. XVI. Nenhuma outra igreja, no mundo, atrai tanta gente. Ao entrar, ficamos extasiados, pelo tamanho e beleza. Depara-se bem próximo à entrada, e numa redoma de vidro, a Pietà, de Michelangelo, a mais famosa estátua da Igreja Católica (Maria com seu filho morto).
Impressionam o altar Mor e as quatro pilastras que sustentam a grande cúpula. Cada pilastra tem 70 metros de circunferência. São necessários 48 homens dando-se as mãos para circundar uma delas. A altura da Basílica por dentro me impressionou muito.
Fomos à Capela Sistina. Os afrescos no teto são, realmente, um dos maiores tesouros artísticos da humanidade. Obra de Michelangelo, que deixou com sua genialidade retratados o Velho e o Novo Testamento; Deus na criação do Sol, da Lua, de Adão e Eva, o Dilúvio Universal, a Expulsão do Paraiso, o Juizo Final,etc.
Infelizmente, faltou ir a Piazza Navona, cercada de conjunto barroco e outros lugares, como nas dezenas de igrejas que existem por lá.
Um dia voltarei lá, pois "quem tem boca vai Roma".
A viagem não pode parar. Agora é Florença, considerada o berço do Renascimento. É uma das cidades mais belas do mundo. Foi fundada no sec. I a.C, mas viveu à sombra de Roma até adquirir vida própria nos sec. XV e XVI. Tornou-se célebre também por ser a cidade de Dante Alighieri - "A Divina Comédia", marco da literatura universal. A poderosa família Medici patrocinou e apoiou vários gênios como Michelangelo Buonarroti, Leonardo da Vinci e Dante.
Impressionou-nos sobremaneira a Catedral de Santa Maria del Fiori, na Piazza del Duomo. Reune linhas góticas - presentes nos portais e nas janelas, ao estilo predominantemente renascentista. As paredes são decoradas com rigor de detalhes, numa grandeza ímpar. Começou a ser construida em l296, sendo a construção interropidas várias vezes, devido às guerras e epidemias que assolavam a Europa medieval. Tudo em Florença respira arte. Do outro lado da praça, ergue-se o Batistério, um monumento do passado, onde estão gravadas amostras de arte de famosos escultores e arquitetos da época. Pode-se imaginar, por exemplo, o detalhismo e a paciência com que Lorenzo Ghiberti e seu filho Vitório esculpiram cada detalhe da Porta do Paraiso, ao longo de 27 anos.
Um dos maiores tesouros que o Renascimento legou ao mundo foi a estátua de Davi, de Michelangelo que se encontra na Galleria Dell'Accademia. Nesta galeria pudemos apreciar também outras esculturas e pinturas de grande valor astístico como quadros de Botticelli, Da Vinci, etc.etc. Conhecemos a Basílica de Santa Cruz, onde estão as sepulturas de Galileo Galilei, Maquiavel, Michelângelo, Rossini, etc etc.
Bom, Florença está ás margens do Rio Arno. Então não vamos deixar de apreciar as pontes que atravessam este rio, como a Ponte Vecchio, uma construção do sec. XIV, ocupada hoje com ourivesarias e joalherias e outras lojas. Desta ponte se tem uma belíssima imagem das outra pontes. Durante a segunda guerra, a Ponte Vecchio não foi destruida pelos alemães. Acredita-se que tenha sido uma ordem direta de Hitler.
Assim é Florença! Linda!
Demos adeus a Florença e rumamos para Pisa, a última cidade da Itália a ser visitada nesta viagem.
Pisa é uma cidade bem pequena, mas que teve muita importância e atingiu o ápice de seu esplendor entre o sec. XII e XIII, quando os seus navios controlavam o Mediterrâneo Ocidental, mas a rivalidade com Gênova, que resultou em batalha, marcou o seu declínio.
O principal ponto turístico da cidade é a Torre de Pisa, famosa por sua inclinação. Situa-se atrás da Catedral. É uma Torre de pouco mais de 55 metros, sem tanto atrativo, mas bastante visitada por causa, justamente, da sua inclinação. É espantoso! Parece que vai cair a qualquer momento. Resolvemos sair de lá, rapidamente, antes que isto acontecesse.
Fim da viagem a Itália. Saimos da Itália pela Riviera Italiana, passamos pela Côte d'Azur, na França (Nice, Mônaco, Saint Moritz, Cannes), mas avistamos tudo de longe, sem entrar nas cidades. Acho que dormimos em Nice. São tantos lugares, que a gente até esquece. Lembro-me de ter passado por mais de cinquenta túneis compridos, neste caminhar sem fim. Nosso destino agora era a Espanha, novamente. Barcelona, pois Madri já conhecemos, quando iniciamos esta viagem. De Barcelona, voltaríamos ao Brasil. Com Viagens e muitas "viagens" prá contar.
Fotos: 1- Veneza
2- Florença
3- Torre de Pisa

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